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Produção de carro voador começa em 2024 no Ceará

Os primeiros carros voadores devem ser entregues pela empresa em meados de 2024
Sócios da Vertical Connect, Danilo Leite e Camila Bonfim, e o reitor do IFCE, José Wally Mendonça Menezes na asssinatura do Memorando de Entendimento realizado entre a empresa e o instituto. Foto: Divulgação

O Ceará vai ter uma fábrica de eVTOL em 2024 a ser implantada pela startup Vertical Connect, segundo uma das sócias da empresa, Camila Bonfim. Mas o que é eVTOL ? Popularmente, são chamados de carros voadores, pois apresentam algumas características de um helicóptero, como aterrissar e decolar verticalmente. Ele também tem outra diferença: vai ser elétrico e não usa combustível fóssil. 

“O eVTOL é um drone gigante ou um carro voador”, afirma Camila. “A nossa intenção é termos seis modelos de eVTOL. Todos autônomos (sem piloto). E desenvolvidos com tecnologia 100% brasileira”, resume a executiva. Cada modelo do carro voador terá um fim específico.

São as seguintes as finalidades dos eVTOLs desenvolvidos pela empresa: o de mobilidade urbana pode  transportar até duas pessoas; o destinado a logística vai carregar cargas; o terceiro modelo pode ser destinado às ações policiais, podendo fazer o monitoramento de uma determinada área; O quarto terá o seu uso relacionado às atividades do Corpo de Bombeiros, como apagar incêndios. Já o quinto modelo será destinado ao transporte de doentes, funcionando como uma ambulância, tendo espaço suficiente para uma maca e um passageiro. E o último, o sexto pode ser usado por empresas do agronegócio para, por exemplo, pulverizar áreas.

O primeiro protótipo em tamanho real do e-VTOL está sendo desenvolvido numa cidade do interior de São Paulo. “Ele pode sair do chão, mas como não tem autorização de voo, não pode voar”, comenta Camila. A autorização do voo é necessária porque a máquina vai circular pelo espaço aéreo.

 De acordo com Camila, a empresa já tem algumas cartas de intenção de compras dos carros voadores. “A expectativa é de começar a entregar os primeiros no meio de 2024”, diz. Ela não revela o valor do investimento a ser realizado.

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Imagem do protótipo do carro voador desenvolvido em tamanho real pela Vertical Connect. Ele não pode voar, porque ainda não tem autorização. Foto: Divulgação

Parceria no desenvolvimento do carro voador

A Vertical Connect nasceu no interior de São Paulo, mas o escritório comercial da empresa é no Ceará. A empresa está “em tratativas” para se instalar no Ceará, onde já assinou um  memorando de entendimento (MoU) visando o desenvolvimento da aviação comercial e executiva no Estado do Ceará com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). “É importante a parceria com o IFCE para desenvolver melhorias na área de mobilidade aérea avançada, produtos que venham facilitar essa cadeia, que vai movimentar todo um ecossistema”, comenta Camila. E acrescenta: “Também serão necessários vertpontos – locais onde os eVTOLs vão pousar e decolar -, pontos de carregamento do carro voador que vai ser elétrico, conhecimentos na área de engenharia civil, engenharia elétrica, entre outros”.

Para o reitor do IFCE, professor José Wally Mendonça Menezes, a instituição está “entrando nessa área graças a expertise dos nossos professores e estudantes nas áreas de mecânica, eletrônica, inteligência de dados e telecomunicação. Isso converge naturalmente para a área aeroespacial”. Dentro da parceria, o IFCE vai, junto a Vertical Connect, desenvolver softwares e drones dotados de Inteligência Artificial (IA) voltados para a área da mobilidade urbana e aeronaves modelo eVTOL e realizar pesquisas para os modelos a serem desenvolvidos pela empresa. 

Ainda no dia da assinatura do memorando, o secretário executivo de Comércio, Serviços e Inovação do Estado do Ceará, Fábio Feijó, argumenta que “a ideia da Vertical é que, com essa parceria, toda a produção de eVTOLS seja com produtos e componentes nacionais”, o que, segundo ele, tem a ver com o futuro da mobilidade urbana e com a geração de empregos de um setor que engloba um grande ecossistema.

A planta de produção dos eVTOLs deve funcionar como uma grande montadora e, para isso, ela vai comprar vários produtos e serviços de muitas outras empresas, envolvendo inclusive serviços muito especializados na área de tecnologia. O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) vai abrir uma unidade em Fortaleza, porque, em média, os colégios instalados na capital cearense conseguiram aprovar 36,7% de todos os que passaram na seleção do ITA entre 2012 e 2022. O ITA é um dos vestibulares mais difíceis do País.

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