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Presença dos varejistas pernambucanos no e-commerce cai em dois anos

Economista da Fecomércio-PE Rafael Lima diz que o recuo dos varejistas no e-commerce ocorreu devido aos custos operacionais destas plataformas. Foto: Divulgação/Fecomércio-PE.

Houve um recuo significativo de 10 pontos percentuais na quantidade de varejistas pernambucanos que utilizam o e-commerce entre 2023 e 2021. Eles eram 84,7% dos estabelecimentos pesquisados em 2021 e passaram para 74,26% (dos que participaram do levantamento) em 2023, segundo o estudo “Sondagem Especial – Comércio Eletrônico: Consumidores e Varejistas de Pernambuco 2023, realizada pela Fecomércio Pernambuco em parceria com a Ceplan Consultoria. 

“Para muitos deles, o custo da plataforma do e-commerce não compensou se manter neste mercado”, resume o economista da Fecomércio-PE Rafael Lima.  Dentre os entrevistados pela pesquisa, 17,7% atribuíram este recuo aos custos para manter uma equipe qualificada e 13,7% tiveram dificuldades associadas à logística na entrega dos produtos. 

E ainda 11,5% dos varejistas apontaram outra dificuldade: o atendimento e a gestão de vendas online. Ainda de acordo com Rafael, uma parte deles continua vendendo online, mas quem faz toda a comercialização e gestão do e-commerce é uma empresa de logística que tem plataforma própria.  

Para quem se manteve no e-commerce, aumentaram os percentuais de venda comparando 2023 com 2021. A pesquisa mostra que aqueles que comercializam entre 15% e 25% dos seus produtos pelo e-commerce formam o grupo dos que mais venderam online, chegando a representar 21,9% do total de varejistas entrevistados nesta edição do levantamento. Em 2021, eles eram 14,2% dos estabelecimentos. Houve um crescimento de sete pontos percentuais.

“Os números de vendas do e-commerce ainda podem aumentar mais, porque a pesquisa mosta que ⅓  dos consumidores não usam o e-commerce. O e-commerce pode ser usado para impulsionar as vendas como um todo, usando datas significativas para o setor como a Black Friday e o Natal”, resume Rafael. No comércio, as datas de maiores vendas são o Natal, Dia das Mães e a Black Friday. Atualmente, cerca de 10% do faturamento os varejistas pernambucanos vem do e-commerce. 

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O cliente do e-commerce

Os jovens lideram as compras online, sendo que 78,8% deles costumam comprar no e-commerce.  Dos que têm mais de 50 anos, 53,5% começaram a comprar nesta modalidade depois da pandemia. “A crise sanitária catalisou a participação destes clientes. Eles realizaram as primeiras compras, sentiram confiança e não saíram mais”, conta Rafael, acrescentando que os consumidores desta faixa etária realizam, em média, uma compra nesta modalidade mensalmente. 

Um terço dos consumidores pernambucanos não compra no e-commerce. Nas famílias que têm renda entre um e dois salários mínimos, 46,3% delas nunca compraram on line. “Eles se sentem inseguros com relação ao frete e à plataforma. E aí preferem não comprar”, comenta Rafael. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 9 de agosto, entrevistando uma amostra formada por 1020 consumidores e 451 estabelecimentos do comércio nas regiões do estado (Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão), incluindo varejistas que atuam no comércio tradicional e shoppings centers. 

A frequência mensal dos compradores online também varia por idade e rendimentos. Dos que têm  renda domiciliar entre 2 a 5 salários mínimos, 19,6% efetuam pelo menos uma compra virtual a cada mês. Já os consumidores com idades entre 18 e 29 anos, 7,1% fazem, no mínimo, três transações mensais.

O smartphone é o dispositivo preferido para efetuar as compras online para 70% dos consumidores entrevistados, segundo a pesquisa. Nos consumidores que ganham acima de cinco salários mínimos, 43,3% preferem desktops ou notebooks para fazerem suas compras no e-commerce. 

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