Um levantamento feito pela Agência de Defesa e Fiscalização de Pernambuco (Adagro), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), em feiras que oferecem produtos agroecológicos em Pernambuco detectou amostras de alimentos que não podem ser considerados totalmente livre de agrotóxicos, como sugerem seus vendedores.
As 83 amostras foram coletadas nos últimos meses de setembro e outubro, sendo 23 na Ceasa/PE e 60 em feiras orgânicas do Recife e Petrolina. Do total, oito amostras de tomate, brócolis, abacaxi, feijão vagem e goiaba foram consideradas insatisfatórias para os padrões de produtos agroecológicos. A Adagro é o órgão responsável pelo Programa Estadual de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos em produtos de origem vegetal e animal, produzidos dentro e fora do estado.
Das amostras coletadas fora da Ceasa/PE, foram encontrados resíduos de agrotóxicos em oito amostras das seguintes culturas: abacaxi – nas feiras agroecológicas da Várzea e da Beira Rio; tomate e goiaba – na feira de Casa Forte; tomate – na feira Peixaria de Candeias; feijão vagem – na feira do Espinheiro; brócolis japonês e tomate – na feira da FIOCRUZ.
Já no monitoramento realizado dentro da Ceasa/PE, apenas as amostras de abacaxi, vendido como orgânico, apresentaram padrão insatisfatório. “Nestes casos, há a correção do processo produtivo, com métodos educativos voltados para orientação dos produtores. Caso o produto seja de outro estado, é enviado um comunicado para a Agência de Defesa do local de origem” esclarece o diretor presidente da Adagro, Paulo Roberto Lima.
Estas fiscalizações são fruto de cooperações entre a Adagro, a Ceasa, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).
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