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Ethquo alia compliance à tecnologia

O uso de tecnologia para fazer adequações por si só não resolve. A ferramenta precisa ser elaborada por quem tem experiência na área para evitar gaps.
compliance
Foto: Monthly_M/Pixabay

O compliance vem crescendo dentro das empresas brasileiras? Pesquisas diversas indicam que sim. Esse ato de estar em conformidade com leis, padrões éticos e regulamentos internos e externos já alcança 83% das maiores companhias do país, segundo o anuário “Análise Executivos Jurídicos e Financeiros 2020”. Já o levantamento da KPMG, do mesmo ano, revela que 71% dos gestores reconhecem que o programa de compliance de suas companhias deve melhorar. 

É fato que o exercício do compliance é complexo e exaustivo: são mais de 140 fontes a serem consultadas. Além disso, é preciso enfrentar a falta de conhecimento do negócio pelo time da casa, de suporte eficiente para os controles internos e a possível negligência dos riscos existentes na organização. Para empresas que não têm braços ou competências para dar conta de tanta informação, só com tecnologia é possível alcançar mais qualidade e dar celeridade ao processo. 

Ethquo

Mas é preciso observar alguns detalhes. “O uso de tecnologia por si só não resolve. Ela precisa ser elaborada por quem tem experiência na área para evitar gaps”, explica Manoel Marinho, que foi consultor de uma das Big 4 e agora lidera a Ethquo, uma empresa voltada a fornecer tecnologia para processos de compliance. 

A Ethquo é uma plataforma que  faz o trabalho de inspeção de resultado para organizações que não dispõe de equipe preparada para o trabalho. A sua interface Pantherae faz pesquisas de background check. Com base num CNPJ, CPF ou mesmo um nome, a plataforma faz análise de antecedentes de fundo ético reputacional, informando se clientes ou fornecedores estão em conformidade com leis e regulamentos.

“É possível avaliar se a contraparte da empresa tem muitas ações na Justiça, se tem pendências financeiras ou questões regulatórias relevantes com CVM, CADE, Portal da Transparência ou se tem impedimentos por improbidade”, explica. 

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O sistema ainda pode verificar se algum sócio tem envolvimento com atividades que geram problemas para a empresa. “Se um dos sócios ou um alto funcionário tem fazenda com trabalho escravo ou criação de animais em áreas de proteção ambiental, por exemplo, isso é preocupante. São fatores que podem vir a manchar a reputação da empresa”, explica Marinho. Listas de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo também estão no alvo da Ethquo.

A plataforma também trabalha numa frente voltada ao conflito de interesses, analisando se há, na área de compras das empresas, conexões de funcionários com fornecedores para checar se há algum tipo de privilégio. Para isso, o sistema analisa os CPFs do pessoal do setor e cruza com o CNPJ e CPF dos fornecedores. 

Os resultados são organizados em grupos de fontes, por natureza de conteúdo, para facilitar sua análise. “O diferencial é que o nosso score de risco, que já sai alinhado com a política da empresa”, explica Marinho.

Manoel Marinho
Manoel Marinho/Foto: cortesia

A Ethquo se apresenta como a única empresa que oferece serviço de compliance via tecnologia constituída por pessoas que já atuaram na área, em grandes corporações. “Temos suíte de soluções porque vivemos as mesmas dores que as empresas viveram”, relata Marinho. “Nós entendemos realmente de compliance”, garante.

Manoel Marinho conta que sua empresa surgiu da insatisfação que teve, quando trabalhava numa das Big 4, e se deparava com uma quantidade enorme de processos de análise reputacional envolvendo clientes e fornecedores, “algo muito pesado”. Eram muitas falhas nos levantamentos, o que acarretava retrabalho e atraso dos processos.

“Nós usamos provedores de serviço que deixavam a desejar, porque os sistemas eram incompletos ou não conheciam muito da parte de compliance. Eram soluções desenhadas por pessoas de TI, não por especialistas na área”, recorda.

Expansão

A Ethquo entrou no Nordeste pela Bahia. Lá, a tecnologia vem sendo utilizada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), uma OS com foco na pesquisa e inovação de práticas tecnológicas para a gestão pública e operação de unidades nas áreas de Saúde. 

“No Brasil, as grandes empresas estão sujeitas ou a uma auto regulação ou a um regulador forte, como BC, a CVM. São regulações muito fortes. Esta camada abrange cerca de 12 mil empresas. Queremos caminhar para outras camadas, de empresas menores, um universo de 120 mil empresas”, informa o gestor.

O mercado promete. O crescimento do ESG (Environmental, Social and Governance) – as três letras que praticamente substituíram a palavra sustentabilidade no universo corporativo -, também fortalecem o compliance, fazendo com que as empresas fiquem mais preocupadas com a pauta da integridade. O mercado tem exigido isso delas, seja na hora de realizar operações, seja na hora de financiar projetos. 

Depois da lei 12.846 de 1º de agosto de 2013, conhecida como lei anticorrupção, o compliance tem sido o caminho para preservar a reputação das empresas. E a tecnologia passa a ser sua grande aliada.

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