Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sem redução no ICMS, alíquota menor no frete de cabotagem faz pouca diferença

"Na cabotagem, a queda de 10% para 6,6% no frete não deverá trazer reflexos significativos no custo”, aponta Manoel Ferreira, líder da holding Agemar

Por Juliana Albuquerque

Após vivenciar um dos seus piores momentos durante a pandemia da Covid-19 em todo o mundo, o setor de transporte marítimos de cargas vive um cenário ainda pior com os reflexos da guerra entre a Rússia e Ucrânia no Brasil. O valor do frete, que já estava em patamares elevados nos últimos dois anos, disparou em consequência direta ao aumento do preço do petróleo,  chegando a alta de 51% em fevereiro, segundo Baltic Dry Index.

Para tentar conter essa escalada no preço do óleo e sua consequência nas atividades marítimas no Brasil, o governo brasileiro estuda publicar um decreto que deve reduzir as alíquotas nos fretes marítimos no País, segundo apurou o jornal Folha de S. Paulo. A estimativa é que, com a medida, as alíquotas para navegação de longo curso (internacional) sejam reduzidas de 25% para 16,5%, e, para a navegação de cabotagem, que se dá na costa brasileira, de 10% para 6,6%.

Navio
Cerca de 90% do comércio marítimo brasileiro é por cabotagem/ Foto: divulgação Porto de Suape

“Caso esse decreto saia, ele vai ajudar a atenuar os efeitos e pode ajudar na importação e exportação, mas mais para movimentação de grande curso. Na cabotagem, a queda de 10% para 6,6% não deverá trazer reflexos significativos no custo”, aponta Manoel Ferreira, líder da holding Agemar.

Manoel Ferreira

Segundo ele, o que pesa nesse modelo de navegação entre portos no Brasil é o ICMS cobrado pelos estados, e para ele não há nenhum indicativo de redução, tanto no que tange à navegação quanto no preço do óleo usado nos navios, que acumulam alta 50% e 80%, respectivamente, desde o início da guerra no Leste Europeu.

- Publicidade -

“Cerca de 90% do comércio marítimo brasileiro é por cabotagem e continuamos a pagar 25% de ICMS. Então, no meu entendimento, a redução dessa alíquota nos beneficiaria mais e nos ajudaria a conter os efeitos em cadeia dessa mais nova crise que estamos passando logo após o arrefecimento de uma pandemia global”, argumenta Ferreira.

Leia Também:

Agemar expande atuação sobre aeroportos e entra no segmento de turismo

Agemar inicia gestão de 11 aeroportos paulistas a partir de 1º de março

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -