Depois de experiências bem-sucedidas na oferta de serviços públicos por aplicativo e WhatsApp (Conecta), geração online de oportunidades de emprego (GO!), criação de soluções inovadoras (E.I.T.A!) e até uma moeda digital social (Capiba), a Prefeitura da Cidade do Recife agora aposta na inteligência artificial para fazer da capital pernambucana um “Vale da Inovação”, onde governo, academia e mercado ajudem startups a faturar milhões e esta parceria altere a realidade social. Chegou a vez do Coreto (sigla para Co.nexões para r.evolução e.mpreendedora e t.ecnológica o.nline), plataforma que tem a missão de transformar a sinergia destes atores em realidade.
O Coreto foi apresentado nesta semana pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Figueiredo, a representantes da iniciativa privada, gestão pública, academia e sociedade civil. O portal Movimento Econômico integrou o grupo de convidados que assinou o manifesto Pacto Recife Pela Inovação, que propõe alavancar o ecossistema de inovação e do desenvolvimento da cidade através da estratégia de Matchmaking, escolha das parcerias perfeitas. E sem esquecer a inovação periférica, democratizando o acesso e tornando a CT&I acessível para as favelas e comunidades da capital pernambucana.
Além do ME, as empresas Grupo Folha, Grupo Cornélio Brennand, Grupo Moura Dubeux, Grupo Via 1, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH), a fábrica de software Pitang, Grupo Moura e Grupo BCI integram o primeiro time convocado pela Prefeitura do Recife para trabalhar de forma coordenada na identificação de novas oportunidades que unam inovação e inclusão social. A meta é que os primeiros resultados já sejam alcançados em três meses, quando haverá o lançamento oficial da iniciativa.
Todos juntos no Coreto
“Este é um pacto para revolucionar o Recife”, destacou Rafael Figueiredo, que ressaltou que o Pacto Recife Pela Inovação tem a proposta de articular diversos atores sociais para potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento. Mercado, academia, startups e poder público agindo em conjunto para a cidade ser uma plataforma de lançamento de empresas que possam valer, em um futuro bem próximo, o mesmo que as concorrentes norte-americanas, europeias e asiáticas.
Os grandes grupos econômicos já consolidados têm a tarefa de gerar demandas para que os novos empreendedores busquem soluções inovadoras, tendo o apoio de pesquisadores acadêmicos e facilidades do ambiente de negócios promovidas pela Prefeitura do Recife.
O mercado é visto como um “gerador de oportunidades” e o surgimento de parcerias pode encurtar processos através do uso de novos softwares, processos e tecnologias. O que os gestores recifenses querem é identificar tendências que podem resultar em startups lucrativas e mais arrecadação para investimento em políticas de redução da desigualdade social. “Nosso estado conta com 64% das pessoas no CadÚnico. Precisamos gerar novas oportunidades para a nossa população”, disse Figueiredo.
Para apoiar as startups recifenses, a prefeitura vai aproveitar a sua experiência recente com o uso da inteligência artificial. Através do WhatsApp oficial da PCR, os gestores dessas empresas iniciantes poderão tirar dúvidas a respeito do mercado e legislação vigente com a ajuda de bot. Outro robô, o “Editaí”, vai ajudar os empreendedores a conseguir financiamento através de editais e licitações.
Uma das ações é fornecer respostas adequadas para as concorrências da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, sediada no Rio de Janeiro. A Finep é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“O Pacto Recife pela Inovação propõe a instrumentalização da estratégia de ciência, tecnologia e inovação da cidade, alinhada aos eixos de Engenharias, Saúde Pública, Energias Renováveis, Administração Pública, Resíduos Sólidos e Cultura. Este pacto visa a empregar a tecnologia em favor da cidade, bem como impulsionar a geração de oportunidade, emprego e renda, com um foco especial na inclusão social e econômica dos cidadãos mais vulneráveis, integrando inovação ao desenvolvimento sustentável de Recife”, destaca o manifesto assinado pelos primeiros integrantes do Coreto.
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