quinta-feira, 18/04/2024

SUA Granéis investe para atrair carga de grãos do Matopiba para Suape

Evento reúne, nesta sexta-feira, empresários, executivos e técnicos dos segmentos de portos e logística, no Centro Administrativo de Suape.

O consórcio SUA Granéis, liderado da pernambucana Agemar, planeja escoar pelo Porto de Suape a carga de grãos de Matopiba, região que engloba áreas produtoras de grãos do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O consórcio arrematou o Terminal de Granéis Sólidos do Porto de Suape em leilão realizado na Bolsa de Valores, em São Paulo, em março passado. Embora ainda não tenha começado a operar devido aos tramites burocráticos – o contrato com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deve ser assinado em outubro – o SUA Granéis vem consultado especialistas para ampliar as possibilidades de movimentação de cargas no terminal.

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SUA Granéis
Terminal de Granéis sólidos da SUA Granéis no Porto de Suape quer atrair grãos de Matopiba/Foto: Divulgação

Um deles é do diretor executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira. Além de consultor da Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso, é ele um dos maiores especialistas em logística e produção de grãos do Brasil.

O consultor vai palestrar num evento promovido pela SUA Granéis, em parceria com o Porto de Suape, nesta sexta-feira. O encontro vai reunir empresários, executivos e técnicos dos segmentos de portos e logística, às 10h, no Centro Administrativo do Complexo Industrial Portuário de Suape. Neste evento, Edeon Vaz analisará as possibilidades de Suape passar a escoar parte da carga de grãos de Matopiba.

“A região de Matobiba deve crescer 18% este ano e vem escoando os grãos por Aratu (BA) e Itaqui (MA). Nossa intenção, neste momento, é entender a possibilidade para tornar nosso terminal competitivo para as cargas que partem de lá”, explica Manoel Ferreira, presidente da Agemar.

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Sete dos nove Estados da região devem puxar o crescimento regional e, três deles, Maranhão, Piauí e Bahia, que integram Matopiba, devem colher algo próximo de 26 milhões de toneladas, pouco mais de 90% do total.

“Temos que ouvir vários representes da cadeia logística. Como ainda não temos uma ferrovia, o que vai definir nosso diferencial é um conjunto de fatores: transporte rodoviário, equipamento eficiente para dar velocidade à operação, menor espera dos navios”, explica Manoel Ferreira, atento a uma safra que pode alcançar 28 milhões de toneladas, um recorde na série histórica do Nordeste.

Outros fatores que animam a empresa a focar nessa região, segundo Ferreira, é o atual estrangulamento na capacidade de armazenagem e o congestionamento de portos para a descarga de fertilizantes.

Além da produção de grãos do Matopiba, a SUA Granéis também foca em cargas como coque de petróleo, açúcar, barrilha e fertilizantes, além de carga geral e neogranéis.

Além da Agemar, o consórcio tem como sócias a Marlog, da Paraíba, e a Loxus, do Paraná, e planeja investir cerca de R$ 60 milhões em itens como aquisição de sistemas de recepção rodoviária, moderno equipamento de transportador de correias e na expansão de área de armazenagem.

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