Ceará dá mais um passo para concretizar o polo de hidrogênio verde

O Governo do Ceará deu mais um passo para concretizar o polo de hidrogênio verde. A governadora Izolda Cela (PDT) assinou, na manhã desta quarta-feira (15), o pré-contrato com a multinacional australiana Fortescue Metals Group para concretizar o Hub de Hidrogênio Verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do […]
A governadora do Ceará, Izolda Cela, assinou um pré-contrato com a Fortescue Metals Group para viabilizar o polo de produção de hidrogênio verde no Pecém, principal porto cearense. Foto: Divulgação/Governo do Ceará

O Governo do Ceará deu mais um passo para concretizar o polo de hidrogênio verde. A governadora Izolda Cela (PDT) assinou, na manhã desta quarta-feira (15), o pré-contrato com a multinacional australiana Fortescue Metals Group para concretizar o Hub de Hidrogênio Verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante. Com isso, Estado e Fortescue, que atua na indústria de minério de ferro, vão atuar em cooperação mútua para viabilizar a implantação da primeira usina de produção de H2V no Pecém. Isso é importante para toda a economia da região.

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A assinatura ocorreu na sede do Complexo do Pecém, com a presença do gerente de desenvolvimento de Negócios da Fortescue Future Industries (FFI Brasil), Luís Viga; do gerente de Portfólio de Projetos FFI na América Latina, Sebastian Otero; do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior; do presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa; entre outros.

Com pré-contrato assinado, a multinacional prevê realizar as seguintes ações: estudar e procurar identificar oportunidades viáveis para a produção de hidrogênio verde; envidar seus melhores esforços para colaborar com as universidades locais para desenvolver programas de pesquisa para promover tecnologias relacionadas ao hidrogênio; preferencialmente, capacitar e contratar mão de obra local; contratar serviços e produtos de empresas e fornecedores locais, de preferência.

“Tenho o prazer de anunciar este novo marco em nosso trabalho no Brasil junto com o Governo do Ceará e as autoridades do Porto de Pecém. Este pré-contrato é o resultado do trabalho que temos feito nos últimos meses e nos permitirá continuar avançando nos estudos de pré-viabilidade para o desenvolvimento do nosso projeto de hidrogênio verde. Desta forma, reafirmamos nosso compromisso de colaborar com as ambições de descarbonização do Brasil e do mundo. Para as indústrias do futuro da Fortescue, é vital que nos engajemos cedo, de forma aberta e transparente com as comunidades. Nesse sentido, nos últimos meses, começamos a aprofundar nosso conhecimento sobre a região, suas comunidades e sua biodiversidade através de estudos de impacto ambiental e social. A assinatura deste pré-contrato é a consolidação do progresso do projeto e nos aproxima da possibilidade de desenvolver a indústria do hidrogênio verde no Brasil e na região”, disse Agustín Pichot, CEO da Fortescue Future Industries Latin America.

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Potencial do hidrogênio verde

O Hidrogênio Verde se apresenta como a energia mais limpa para diminuir a emissão de carbono e, assim, garantir um futuro sustentável para o planeta. De acordo com o estudo “Scaling Up”, do Hydrogen Council, até 2050 o H2V representará 18% de toda a energia consumida em todo o mundo. A produção do hidrogênio só é verde se ocorrer a partir de fontes limpas de energia.

No sentido de concretizar o empreendimento, o Governo do Ceará criou, em fevereiro de 2021, o Hub de Hidrogênio Verde, numa ação em parceria com a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém. Até o momento, o Estado já assinou 18 memorandos de cooperação, todos com o objetivo de produzir e exportar hidrogênio verde.

A Fortescue assinou, em julho de 2021, um memorando de entendimento para implantação de uma usina de Hidrogênio Verde no Pecém. “Foi uma longa jornada em relação a esse pré-contrato, que é muito robusto e vai nos dar autorização para investir mais ainda. Esse é um dos maiores projetos de Hidrogênio Verde do mundo, e um dos primeiros também. Como brasileiro estou muito orgulhoso em trazer isso para o Ceará”, destacou Luís Viga, gerente de desenvolvimento de Negócios da FFI Brasil. A expectativa é que a Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da mineradora australiana, exporte H2V para a Europa, América do Norte e outras partes.

Na ocasião, não foi divulgado o valor do investimento nem prazos para a implantação do empreendimento.

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