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Em Pernambuco, supermercados puxaram a queda do varejo em abril

A alta dos preços está afetando as vendas do varejo e o que tem puxado o desempenho do setor para baixo são os supermercados e hipermercados, numa avaliação feita pelo assessor de Economia da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva com base nos números da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Em abril, o varejo restrito em […]
Os supermercados e hipermercados puxaram o desempenho do varejo pra baixo em abril
Com a alta da inflação, as famílias procuraram opções mais baratas, o ue contribuiu para diminuir o faturamento das vendas de supermercados em abril em Pernambuco./Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A alta dos preços está afetando as vendas do varejo e o que tem puxado o desempenho do setor para baixo são os supermercados e hipermercados, numa avaliação feita pelo assessor de Economia da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva com base nos números da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Em abril, o varejo restrito em Pernambuco apresentou queda de 7,7% no volume de vendas. Na comparação com abril do ano anterior, o desempenho foi similar, com queda de 7,6%. No acumulado, houve uma retração de 5,2% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021.

O resultado negativo no quadrimestre foi puxado pelos segmentos de hiper e supermercados e de móveis e eletro, ambos com peso relevante no comércio varejista tradicional e variação acumulada de -8,7% e -25,8%, respectivamente, nos primeiros quatro meses do ano, segundo a PMC de abril. Os supermercados e hipermercados apresentam um desempenho que varia de 25% a 30% do varejo restrito.

Ainda de acordo com Ademilson, a queda no setor de supermercados e hipermercados vem ocorrendo porque com a alta da inflação as famílias tendem a consumir menos ou procurar opções de mercadorias mais baratas, o que contribui para a queda de faturamento deste setor.

Na pesquisa, o varejo restrito é o que se baseia em segmentos tradicionais, como hiper e supermercados, alimentos e bebidas; combustíveis e lubrificantes; farmácias, artigos médicos, perfumaria e cosméticos; móveis e eletrodomésticos; tecidos, vestuário e calçados; equipamentos de informática e comunicação e materiais para escritório; livrarias e papelarias; e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Já o varejo ampliado inclui os materiais de construção e as vendas de veículos, motos, partes e peças.

No varejo ampliado o recuo foi um pouco menor, com variação de -1,3% em abril com relação a março do mesmo ano. Na comparação com abril do ano anterior, a retração foi mais forte, registrando queda de 10,2% no volume de vendas e acumulando variação negativa de 2,3% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Embora o segmento automotivo (+6,8%) apresente maior peso no agregado, foi o desempenho do segmento de construção (-15,8) que protagonizou a queda no volume de vendas do Varejo ampliado durante o primeiro quadrimestre deste ano. Ao lado da Paraíba (-2,4%), Pernambuco (-2,3%) também apresenta o desempenho mais negativo no Varejo ampliado.

Nos Serviços, o desempenho de abril contra março do mesmo ano foi aquém do esperado em Pernambuco, uma vez que o setor tem sido alicerce da retomada da atividade econômica esse ano, inclusive tendo registrado crescimento de 13% em março na comparação com fevereiro. Em abril, entretanto, houve queda de 3,9%.

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