O xadrez em São Paulo, Recife, Olinda, Jaboatão e Caruaru para as eleições 2024

Marta Suplicy já foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004 pelo PT
Lula convenceu Marta Suplicy a retornar para o PT para ser candidata a vice-prefeita de São Paulo, na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL). Foto: Ricardo Stuckert/ PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou mais uma peça-chave para construção do xadrez político para as eleições municipais de 2024: o retorno de Marta Suplicy para o Partido dos Trabalhadores. Ela terá a missão de ser a candidata a vice-prefeita do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tentará se eleger prefeito da cidade de São Paulo.

O deputado federal Guilherme Boulos será candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL e contará com o PT, de Lula. Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Marta Suplicy já foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004 pelo PT, mas deixou o partido em 2015, após 33 anos de filiação. No PT, ela também foi deputada, senadora e ministra da Cultura e do Turismo.

A articulação de Lula também é uma resposta ao prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), de quem Marta Suplicy foi secretária de Relações Internacionais até ontem. Logo depois de saber do acordo, Nunes demitiu Marta.

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Por sua vez, Nunes tem dado como certo o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao seu palanque. A certeza de Nunes sobre um suposto apoio de Bolsonaro partiria de uma confirmação para ele por parte do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.


Recife

No Recife, o prefeito João Campos (PSB) está nas negociações entre o seu partido e o PT, do senador Humberto Costa, que pleiteia o lugar de vice na sua chapa que pode o reeleger. Foto: Reprodução/ Instagram

No Recife, o senador Humberto Costa (PT), vice-presidente nacional da sigla e coordenador nacional do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT para 2024, acredita que seu partido tem um histórico na capital pernambucana que legitimaria a vaga de vice na chapa do prefeito João Campos (PSB), que tentará a reeleição.

Humberto rememorou pleitos anteriores onde o PT lançou candidatura própria ganhando ou perdendo. Dentro desse histórico, em 1992 e 1996, o PT disputou a eleição; em 2000 e 2004, com João Paulo (PT); e em 2008, com João da Costa (PT), venceu os pleitos. Também lembrou de outras disputas nem tão exitosas, como 2012, 2016 e 2020, onde a legenda saiu derrotada. Porém, é fato que o PT tem uma densidade eleitoral concreta e real no Recife. O PT ainda argumenta que tem tempo para somar na propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão.

O PT apresenta no Recife nomes como: Mozart Sales, que já foi vereador do Recife e hoje ocupa cargo no Governo Federal; ou como a vereadora Liana Cirne; ou ainda do deputado federal Carlos Veras.
Porém, hoje a vice-prefeita do Recife é Isabela de Roldão, do PDT, que pode ser rifada da majoritária junto com seu partido.

O PSB também apresenta quadros que poderiam compor a vice: o presidente da Câmara do Recife, vereador Romerinho Jatobá; e o vereador Carlos Muniz.


Paulista, Jaboatão, Olinda, Caruaru e Serra Talhada

Ao centro, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, se filiou ao PT para tentar sua reeleição com apoio do senador Humberto Costa e do presidente Lula. Foto: Divulgação

Em Pernambuco, o PT pretende eleger até 12 prefeitos no Estado, mas esse número poderia chegar a 15. Agora, existem novas candidaturas a serem consideradas como fortes eleitoralmente, como no município de Paulista, com Yves Ribeiro, e no Jaboatão dos Guararapes, com Elias Gomes, ambos recém-filiados ao Partido dos Trabalhadores.

A reeleição de Márcia Conrado na cidade de Serra Talhada também é prioridade para o partido. Em Caruaru, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) é a pré-candidata do PT.

Em Olinda, a tendência é que os petistas devem caminhar junto com Luciana Santos, do PCdoB, caso ela deixe o ministério da Ciência e Tecnologia para ser candidata a prefeita. Nesta cidade, o PT lançou a pré-candidatura do vereador Vinicius Castello, que pode chegar até mesmo ser candidato a vice-prefeito.

Ainda em Olinda, Eugênia Lima deixou o PSOL para ingressar no PT. Uma articulação que poderia colocar a nova petista na Câmara de Vereadores da cidade, uma vez que além do seu próprio eleitorado, ela poderia arrebanhar os votos de Castello.

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Raquel Lyra

Apesar do bom relacionamento institucional, a governadora Raquel Lyra deve ter o presidente Lula no palanque que tentará reeleger o prefeito João Campos nas eleições municipais do Recife. Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Do lado da governadora Raquel Lyra (PSDB) ainda existem especulações sobre o seu destino partidário. Raquel poderia ir para o PSD, do ministro de Lula, André de Paula (Pesca), que tirou sua filha da secretaria de Turismo da prefeitura de João Campos para a secretaria de Cultura do Palácio do Campo das Princesas. Outra possibilidade, seria a permanência de Raquel Lyra no PSDB, já que o candidato palaciano à Prefeitura do Recife poderia ser Daniel Coelho, hoje secretário estadual de Turismo e filiado ao Cidadania.

Porém, Raquel Lyra sabe que caminhando ao lado de André de Paula terá de apoiar decisões do ministro na eleição, por exemplo, de Olinda, onde a sucessora ou sucessor do prefeito Lupércio ainda não foi definido (a).

A governadora também já fez o gesto que estará no palanque do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, a quem entregou o cargo de prefeita que precisou deixar para disputar as eleições ao Governo de Pernambuco em 2022.

Raquel Lyra tem uma relação institucional com Lula considerada positiva, mas na hora das disputas eleitorais, principalmente no Recife, o presidente poderá caminhar apenas com o prefeito João Campos, seu potencial concorrente na disputa pelo Governo de Pernambuco, em 2026.

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