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Dani Portela: ‘Nosso estado é governado por uma mulher. Como uma mulher acho importante fazer o enfrentamento responsável’

O PSOL se colocou como oposição à Raquel Lyra desde o resultado da eleição em novembro de 2022 Depois de um acordo envolvendo PSB e PSOL, ficou decidido entre os partidos que a deputada estadual Dani Portela (PSOL) assumiria liderança da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ser líder da oposição tem […]

O PSOL se colocou como oposição à Raquel Lyra desde o resultado da eleição em novembro de 2022

A deputada Dani Portela é a líder da oposição da Alepe Foto: Tom Cabral


Depois de um acordo envolvendo PSB e PSOL, ficou decidido entre os partidos que a deputada estadual Dani Portela (PSOL) assumiria liderança da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Ser líder da oposição tem as suas benesses: liderar um bloco que vai fiscalizar o governo Raquel Lyra, centralizar e definir estratégias de ação que vão confrontar a atual gestão do executivo estadual e atrair os holofotes midiáticos para seu mandato.

A liderança carrega também seu ônus: administrar posicionamentos heterogêneos do seu bloco, ainda mais num legislativo que vem se mostrando sectarizado nesse início de legislatura. Além das cobranças feitas pela população e seus próprios pares ao executivo intermitentemente, que pode levar a um processo de desgaste gradativo junto aos pleitos de seu próprio mandato e partido.

No caso de Dani Portela, que chega a Alepe depois de fazer oposição ao prefeito João Campos (PSB) enquanto foi vereadora do Recife uma aliança junto aos socialistas que acabaram de perder o governo do estado pode parecer estranho, principalmente, para as forças de esquerda que elegeram a psolista para a Casa de Joaquim Nabuco.

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A aliança entre Dani Portela e o PSB poderia causar prejuízos à oposição feita por Ivan Moraes (PSOL) e Pretas Juntas (PSOL) ao prefeito João Campos, do PSB.

E mais, tudo bem que, PSB e PSOL somam 14 deputados, sendo que apenas Dani Portela é psolista. À primeira vista, a indicação de Dani Portela “quebraria um galho” para os socialistas, que não estão totalmente fechados e comprometidos para fazerem oposição ao governo de Raquel Lyra.

Diante desse cenário, o Movimento Econômico questionou Dani Portela sobre os pontos mais delicados. Veja como a deputada se posicionou.

ME – Em algum momento existiu algum problema por conta da oposição feita em âmbito municipal contra João Campos na Câmara do Recife?

Dani Portela – Não. O PSOL se colocou como oposição à Raquel Lyra desde o resultado da eleição em novembro de 2022. A chegada do PSB nesse bloco é uma consequência do mover político. O nosso bloco de atuação se pauta pelo entendimento que há um governo de centro-direita, compondo com a direita e extrema-direita, no poder em nosso stado. E isso faz com que nós do PSOL e o PSB tenhamos mais convergências do que divergências, nessa conjuntura. Os dois partidos estão na base do Governo Lula e a pauta nacional traz para nós a missão de fortalecer esse governo federal que se inicia. Eu entendo que a realidade municipal é diferente e nós temos autonomia enquanto partido para fazermos o enfrentamento à esquerda sempre que necessário.

ME – De alguma forma essa liderança pode comprometer a oposição que Ivan Moraes e Pretas Juntas fazem na Câmara do Recife?

Dani Portela – De forma alguma. O PSOL segue sendo oposição ao PSB no âmbito municipal. A atuação dos mandatos de Ivan Moraes e das Pretas Juntas seguirão fazendo o trabalho responsável de fiscalização e oposição republicana e combativa que é a marca do nosso partido. 

ME – Existe o risco de ser “escudo do PSB”?

Dani Portela – Nós estamos em uma realidade em que, pela primeira vez, o nosso estado é governado por uma mulher. Então eu como uma mulher acho importante estar nesse espaço fazendo o enfrentamento responsável, em prol de Pernambuco.

JUCEPE SEM COMANDO

A Junta Comercial do Estado de Pernambuco (JUCEPE) continua sem a nomeação de presidente e vice-presidente. Com isso, Ronaldo Fernandes, diretor de escritório contábil que trabalha junto ao órgão reclama da paralisação dos trabalhos da Junta, que dificulta a abertura alterações e baixas de empresas.

Em dezembro de 2022 a JUCEPE tinha em seu quadro 28 analistas, hoje conta com apenas 19.

Hoje tem em torno de 1.400 processos a serem analisados, 832 processos já considerado em atraso.

Mandatos dos vogais venceu dia 18/02/2023, isto implica em: não são liberados processos de empresas de grande porte tipo SA, consórcios, empresas mistas e processos administrativos com recursos.

QUEM VAI FICAR COM A JUCEPE?

Nos bastidores, comenta-se que a nomeação da JUCEPE estaria sendo travada por uma disputa política entre o deputado federal Mendonça Filho e o ex-deputado federal e presidente do MDB/PE, Raul Henry.

VEREADORA NA CADEIA

Na manhã desta quarta-feira (1º), a Polícia Civil de Pernambuco desencadeou uma operação de repressão qualificada em Caruaru, no Agreste. Essa operação, intitulada “Primus”, cumpriu dois mandados de prisão e um deles foi contra a vereadora Kátia das Rendeiras. Ela foi presa pelo crime de peculato.

Márcia Conrado se reúne com Lula

Presidente da Amupe e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, se reuniu nesta quarta-feira (01), com o presidente Lula e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. No encontro, a prefeita enfatizou a necessidade da retomada das obras do Residencial Vanete Almeida. O deputado federal Fernando Monteiro (PP) intermediou o encontro e também participou da agenda.
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Raquel Lyra recebe demandas e cobranças de deputados em reunião

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