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Julgamento de Bolsonaro: veja o que está previsto para 2º dia

No primeiro dia do julgamento, os ministros também rejeitaram diversas questões preliminares, como a anulação da delação premiada de Mauro Cid
Da Redação ME
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Julgamento de Bolsonaro
Bolsonaro no julgamento com o advogado Celso Vilardi/Foto: Gustavo Moreno/STF

O segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 ocorre nesta quarta-feira (26), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão, que começa às 9h30, terá como foco a decisão sobre o recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que tornaria os acusados réus em um processo penal.

Bolsonaro e os outros sete acusados — entre eles Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Walter Braga Netto — respondem por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima somada para esses crimes pode chegar a 46 anos de prisão.

Próximos Passos do Julgamento

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados passarão à condição de réus e responderão a uma ação penal no STF. Nessa fase, as defesas poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas. O julgamento final, que decidirá a condenação ou absolvição, ainda não tem data definida.

Eventuais prisões só ocorrerão após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso. A exceção seria a aplicação de prisão preventiva, caso haja risco de fuga ou obstrução do processo.

A sessão vai começar com o voto do relator, Alexandre de Moraes. Em seguida, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin vão proferir seus votos.

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Principais acusados

A denúncia julgada pela turma trata do chamado núcleo crucial, composto pelos seguintes acusados:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Primeiro dia no STF

Durante o primeiro dia do julgamento, as defesas de Bolsonaro e seus aliados rebateram a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O procurador também se manifestou durante a sessão e reforçou as acusações de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente e os demais acusados.

Bolsonaro apareceu de surpresa no STF e acompanhou presencialmente a sessão.  Apesar de não existir qualquer impedimento, a presença de investigados durante os julgamentos do STF não é comum.

Os ministros também rejeitaram diversas questões preliminares, como a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

turma também negou o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso; o reconhecimento da competência do plenário, e não da turma, para julgar a denúncia; as alegações de cerceamento de defesa. 

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