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Alepe e Câmara retomam trabalho e caos das torcidas deve estar no debate

Câmara do Recife e Alepe voltarão ao trabalho nesta segunda-feira (3) com promessas de polêmica e briga de torcida deverá estar na pauta
Alepe e a Câmara retoam os seus trabalhos nesta segunda-feira com promessas de polêmicas Fotos: Divulgação
Alepe e a Câmara retoam os seus trabalhos nesta segunda-feira com promessas de polêmicas Fotos: Divulgação

Os legislativos estadual de Pernambuco e municipal do Recife voltam aos trabalhos nesta segunda-feira (3) ainda sob o impacto dos atos de selvageria promovidos pelas torcidas organizadas do Santa Cruz e Sport, no último sábado (1º). Apesar de as aberturas serem atos meramente protocolares com as falas do Executivo e dos líderes de Governo e Oposição, nas duas Casas o sentimento é que o assunto estará na pauta dos primeiros debates. 

No início de 2024, a governadora Raquel Lyra e a Assembleia Legislativa (Alepe) não falavam a mesma língua. A gestora levou todo o seu secretariado e o clima de tensão no Plenário Governador Eduardo Campos. Após discursar, a governadora deixou o local, mas o que chamou atenção foi o fato de o microfone do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB),  estar aberto, tornando público a sua avaliação, de forma pejorativa, do discurso de Raquel.

Ao longo de 2024 a situação entre Raquel e a Alepe melhorou. Os embates foram poucos, como a questão das faixas salariais da PM. A relação só saiu do rumo no final do ano passado, com o não pagamento de parte das emendas parlamentares. Os deputados cobram o pagamento dos R$ 188 milhões, que deveria ser feito até 30 de dezembro. No entanto, até agora, R$ 100 milhões foram empenhados e R$ 54,8 milhões pagos.

Na abertura dos trabalhos em 2024 da Alepe, houve polêmica envolvendo a governadora Raquel Lyra Foto: Roberto Soares/Alepe

Cobranças na Alepe

A governadora Raquel Lyra deverá estar presente à sessão. E deverá ouvir cobranças do líder de oposição na Alepe, Diogo Moraes (PSB). Uma das pautas que a oposição quer levar para o debate, também, é a cobrança pelo nome do secretário de Educação. Desde o último dia 9 de janeiro, quando o então comandante da pasta Alexandre Schneider pediu demissão, a Secretaria de Educação está sendo comandada pelo interino, Gilson José Monteiro Filho. A rede estadual de ensino tem a abertura do ano letivo no próximo dia 5. 

Os parlamentares prometem embates sobre a concessão da Compesa e é possível que logo no início do ano a Casa derrube o veto da governadora ao projeto do deputado Jarbas Filho que prevê a isenção da cobrança de taxa de inscrição para os alunos da rede estadual de ensino que pretendem fazer o sistema seriado (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE).

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O embate entre as bancadas do Governo e de Oposição também deve fazer parte do início dos trabalhos legislativos. Em ano pré-eleitoral, todos os movimentos miram a disputa do próximo ano. Até a escolha de quem comandará as comissões na Casa tem esse viés de disputa dos lados antagônicos em 2026. A partir da instalação da sessão legislativa, as lideranças terão 10 dias úteis para informar os componentes das comissões parlamentares permanentes.

Todos esses assuntos deverão estar no debate, mas uma nova pauta entrou na mira da oposição. A barbárie que tomou conta do Recife no último sábado (1º), com a briga das organizadas Inferno Coral, do Santa Cruz, e Jovem, do Sport, repercutiu negativamente para o Governo, com críticas à inteligência da polícia em não prever o confronto, à ação dos policiais e, principalmente, à atitude da governadora Raquel Lyra, que anunciou medidas consideradas burocráticas e insuficientes para combater a ação dos vândalos travestidos de torcedores. Tanto os parlamentares do Governo, como da oposição acreditam que este será o principal tema de debate na Casa.

Na Câmara, promessas de confronto

Essa confusão, inclusive, também deverá estar na pauta da abertura dos trabalhos na Câmara Municipal do Recife (CMR), mas em menor intensidade. A sessão, pela manhã, contará com a presença do prefeito reeleito João Campos, que falará sobre os seus projetos para o novo mandato.

Em seguida, será a vez do pronunciamento do líder da bancada da oposição, Felipe Alecrim (Novo) e, logo após, discursará o líder da bancada do governo, vereador Samuel Salazar (MDB).

Com um novo desenho político da Casa, a expectativa é de uma oposição bem mais ativa, como ficou demonstrado durante o período extraordinário de janeiro. Discípulos do bolsonarismo, os novos vereadores começaram ataque à gestão do prefeito João Campos, mas agindo de forma individual, sem estratégia de grupo, de bancada. 

Para o presidente da Casa, vereador Romerinho Jatobá, o ano de 2025 firmará, mais uma vez, a Câmara do Recife como um espaço de debates dos principais assuntos de interesse da vida do povo recifense. “Temos a expectativa de muito trabalho neste início de Legislatura. Nós temos uma Câmara renovada, com vereadores que chegam para se juntar àqueles que conseguiram a reeleição, e tenho certeza de que vão dar muito retorno à cidade com uma pauta propositiva, podendo colocar a Câmara como protagonista das discussões do Recife”, destacou Jatobá.

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