Indicado pelo governo Lula (PT) para a presidência do Banco Central (BC), o atual diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo, será sabatinado a partir das 10h desta terça (8), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. De lá, caso seja aprovado, o nome do economista deverá seguir para a apreciação dos demais senadores no Plenário. A indicação precisa contar com a aprovação da maioria dos votantes na CAE e no Plenário. Nos dois locais, a votação é secreta.
Se aprovado no Senado, Galípolo comandará a instituição por quatro anos a partir de janeiro de 2025. Ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato no BC vai até o dia 31 de dezembro. Segundo o artigo 52 da Constituição, toda indicação para a diretoria do Banco Central passa pelo crivo do Senado.
O Banco Central passou a ter autonomia com a Lei Complementar 179, de 2021, originada de projeto do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Pelo texto, o BC é autarquia de natureza especial, sem vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica, tendo autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira. O presidente do BC é escolhido pelo presidente da República no meio de seu mandato, mas precisa ter o nome aprovado pelo Senado.
Galípolo e as projeções do mercado
A sabatina de Galípoli acontecerá um dia depois da divulgação do Boletim Focus em que analistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a taxa básica de juros do país, a Selic, para o fim de 2024 em 11,75%. Hoje a taxa está em 10,75%.
Os economistas consultados pelo BC elevaram as projeções para a inflação deste ano de 4,37% para 4,38%. Já o Produto Interno Bruto (PIB) foi elevado de 1,92% para 1,93% em 2025. A projeção do dólar para 2025 passou de R$ 5,35 para R$ 5,39.
*Com informações da Agência Senado
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