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ONS estuda ampliar distribuição de energia renovável do NE para resto do país

Anúncio da ONS vem um ano depois de apagão ocorrido no Ceará que atingiu todo Brasil em 15 de agosto de 2023
ONS energia renovável energia eólica
Aumento de oferta da energia renovável, como a eólica, só ocorrerá, segundo ONS, caso nova linha de transmissão seja inaugurada em setembro no Ceará. Foto: Divulgação

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pretende ampliar a exportação de energia elétrica renovável gerada no Nordeste para os demais estados brasileiros a partir de setembro. O anúncio vem um ano após o apagão ocorrido no Ceará que atingiu todas as regiões do país em 15 de agosto de 2023.

O aumento só deverá acontecer, no entanto, caso a Linha de Transmissão (LT) Pacatuba-Jaguaruana II entre em funcionamento. Isso permitirá, segundo o órgão, elevar o limite de escoamento de energia da região, passando de 11.600 MW para 13.000 MW. O número representa um retorno aos níveis anteriores ao blecaute.

A LT Pacatuba-Jaguaruana II fica localizada no Ceará. Ela ainda não integra o Sistema Interligado Nacional (SIN). Com 155 quilômetros de extensão, a linha teve construção autorizada a partir do Leilão de Transmissão nº 002/2018, ocorrido em junho daquele ano. O apagão de 2023 foi causado na LT Quixadá-Fortaleza II, que também fica no Ceará, após uma falha no controle de tensão de usinas eólicas e solares próximas.

Desde a ocorrência de agosto de 2023, os limites de exportação de energia do Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste e para a região Norte estão limitados, e foi somente no final de setembro do ano passado que o intercâmbio de energia passou por uma elevação de 8.000 MW para 10.800 MW.

Um ano depois o sistema não pode, ainda, ser totalmente restabelecido, mas, segundo o diretor de operação do ONS, Christiano Vieira, a obra, quando concluída, permitirá o retorno aos níveis pré-agosto de 2023. O aumento do fluxo da energia só é possível uma vez que novas linhas.

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Energia renovável

A elevação do escoamento de energia é vista com bons olhos pelos investidores das fontes eólica e solar, já que as ações de corte de energia são feitas sem que haja compensação financeira pela energia “desperdiçada”.

A CPFL Energia e a AES Brasil são exemplos de empresas que sofreram com a diminuição do escoamento. Eles relataram perdas no segundo trimestre devido aos cortes. A expectativa é de que essas interrupções continuem e até se intensifiquem, à medida que a oferta de energia renovável cresce mais rapidamente do que a capacidade da rede de transmissão para escoá-la.

Expectativa

O aumento da distribuição de energia está diretamente ligada à incorporação de novas linhas de transmissão. Questionada sobre as expectativas de quando a LT Pacatuba-Jaguaruana II entra em funcionamento, além de outras linhas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não concedeu resposta.

A ONS também não retornou sobre o quanto a nova linha de transmissão Jaguaruana II-Pacatuba impactará os limites de exportação nem sobre quais medidas foram tomadas desde o apagão de agosto de 2023 para evitar novos cortes na geração.

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