A Origem Energia Alagoas precisou paralisar suas operações no polo situado no município de Pilar, Região Metropolitana de Maceió, para realizar adequações em programas de segurança operacional determinadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A fiscalização da ANP aconteceu entre os dias 10 e 14 de junho e teve como base verificar o que determina a Nota Técnica emitida pela Superintendência de Segurança Operacional (SSO) da ANP em 1º de novembro de 2023.
A normativa serve como guia para o regulamento técnico do sistema de gerenciamento de segurança operacional (SGSO), esclarecendo as melhores práticas desta indústria para a gestão de fatores humanos das plataformas de produção e exploração offshore.
Após a fiscalização, A ANP determinou que a Origem realize adaptações em programas de segurança operacional, bem como a paralização de forma segura de suas instalações em Alagoas. Com isso, a Origem não está autorizada a produzir óleo e gás natural até que a documentação seja atualizada e enviada à Agência para validação e liberação.
Em nota enviada ao Movimento Econômico, a empresa informou que ”está assegurado o abastecimento de gás do Estado de Alagoas e que vem trabalhando de maneira diligente para o envio da documentação e evidências de procedimentos solicitados”, informou.
“No momento, estamos focados no cumprimento de todas as exigências documentais para o pronto restabelecimento da totalidade das operações no Polo Alagoas. A Companhia reforça que sempre operou com base na excelência de padrões de segurança e meio ambiente, e seguirá as orientações da ANP”, diz outro trecho do comunicado.
A Companhia Gás de Alagoas (Algás) não se pronunciou.
Origem e TAG vão estocar gás natural em Alagoas
A Origem Energia e a TAG criaram uma joint venture para investir na estocagem de gás natural em Alagoas, um mercado ainda inexistente no Brasil, mas muito comum na Europa.
O projeto prevê um investimento de mais de R$ 1 bilhão na planta da Origem em Pilar, que deve durar até dois anos, com a compra de equipamentos e preparação dos reservatórios que serão utilizados na estocagem de gás natural.
Segundo comunicado do início de abril, a TAG vai investir US$ 30 milhões que vão permitir chegar a uma capacidade de armazenagem de 106 milhões de metros cúbicos de gás/ano. Conforme o mercado for se desenvolvendo, a companhia fará os investimentos adicionais para atingir uma capacidade de 500 milhões de metros cúbicos/ano.
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