Energia solar tem 11 consórcios da V.tal, Atiaia e Atlas: conheça o negócio

Fique por dentro de todos os detalhes da entrada da V.tal no setor de energia solar, seguindo a trilha das companhias de telecom
Energia solar: V.tal é mais uma operadora de telecom a entrar na geração de renováveis
Energia solar: sob a gestão do CEO Amos Genish, V.tal entra na geração de renováveis, seguindo o caminho da TIM, Oi, Vivo, Algar e Um Telecom/Foto: V.tal

A companhia de telecom B2B V.Tal, sediada em São Paulo, vai seguir o caminho de outras operadoras do setor e entrar no segmento de renováveis. A participação na produção de energia solar vai se dar por meio de consórcios com a pernambucana Atiaia (Grupo Cornélio Brennand) e Atlas Renewable Energy, braço do fundo Global Infrastructure Partners (GIP). Os valores envolvidos no negócio não foram divulgados.

Essas operações já têm o aval, sem restrições, da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que aprovou os acordos na segunda-feira (20), em Brasília.

Como a V.tal não é do setor elétrico e os consórcios terão menos de 10% do mercado de energia após a constituição, a superintendência do Cade entendeu que as associações não oferecem riscos à concorrência no segmento.

“A operação não possui o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial, recaindo na hipótese de procedimento sumário”, diz a SG.

Os consórcios de energia solar da V.tal, após o sinal verde do Cade, dependem agora da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Outros players de telecomunicações que estão investindo na área de renováveis são a Um Telecom e Connectoway (ambas de Pernambuco), TIM, Claro, Oi, Vivo, Algar e Ligga (PR).

Os objetivos desses negócios vão desde a redução de custos com eletricidade por meio de geração própria – como no caso da Algar e Um Telecom – até a descarbonização de processos, venda de energia para terceiros e fornecimento de equipamentos (como na Connectoway).

Entenda a parceria da V.tal e Atiaia na energia solar

A entrada da V.tal na geração de energia solar visa o abastecimento de suas próprias instalações. Serão criados dois consórcios entre uma empresa do grupo de telecom e as subsidiárias Sol do Agreste Geração de Energia Ltda. e Solar do Nordeste Energia Renovável Ltda, ambas da Atiaia.

De acordo com a V.tal, esses acordos “irão viabilizar o projeto de autoprodução de energia elétrica para futura exploração compartilhada”.

Integram a parceria as usinas Sol do Agreste I, IV e V. Os empreendimentos fazem parte de um complexo fotovoltaico localizado nos municípios de Tacaimbó e São Caetano, no Agreste de Pernambuco.

Com a Atlas, a V.tal terá nove consórcios de autoprodução de energia solar. O acordo é referente às usinas instaladas no complexo fotovoltaico localizado nas cidade mineiras de Arinos e Buritizeiro.

O que a V.tal diz sobre os consórcios de energia solar?

Por meio de nota, a V.tal “confirma que está em curso a constituição de consórcios, com as empresas Atlas Renewable Energy e Atiaia Renováveis, como parte de um projeto de autoprodução de energia elétrica”.

A operadora acrescenta que “a energia produzida será utilizada exclusivamente para atender às necessidades de suas operações como empresa de soluções de infraestrutura digital”.

O que diz a Atiaia sobre a operação?

Também por meio de nota, a Atiaia Renováveis “confirma que está em curso a constituição de um contrato no modelo de autoprodução de energia elétrica com a empresa V.tal”.

O posicionamento ressalta que “o contrato referido passará ainda pela aprovação das autoridades competentes para garantir que ele seja implementado de acordo com as melhores práticas dentro das normas estabelecidas”.

Tanto a Atlas como a Atiaia afirmaram, no processo junto ao Cade, que “os contratos são oportunidades relevantes de negócio na área em que atuam”.

Quem são os parceiros desse negócio?

Fundada em 2021 e controlada por fundos do BTG Pactual, a V.tal atua no segmento de infraestrutura de redes – incluindo o modelo de redes neutras e atacado de fibra ótica – para operadoras do setor e provedores de internet. A empresa surgiu do desmembramento das divisões da Oi, em seu processo de recuperação judicial.

Além da infraestrutura de fibra óptica terrestre, a companhia conta com 26 mil quilômetros de cabos submarinos que ligam o Brasil à Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Bermudas e Estados Unidos e data centers nos mercados brasileiro e colombiano.

Já a Atiaia, com sede no Recife e base de relações com clientes em São Paulo, foi criada em 2004 e atua no segmento de energias renováveis, por meio de empreendimentos hidráulicos, solares e eólicos.

A empresa tem 13 usinas em operação e 3 em pré-operação em cinco estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. A capacidade total desses projetos é de 421 megawatts.

A Atlas Renewable Energy, no mercado desde 2017, é controlada por um dos principais gestores independentes de fundos de infraestrutura no mundo. O GIP detém US$ 84 bilhões sob gestão, com uma carteira na área de energias renováveis que totaliza 19 gigawatts (GW) de capacidade, entre empreendimentos em operação e construção.

Na América Latina, a Atlas soma 5 GW de capacidade nas suas usinas, localizadas no Brasil, Colômbia, Chile e México.

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