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No Porto de Suape, Regás vai investir R$ 80 milhões em 2024

O empreendimento é importante porque vai tirar Pernambuco da dependência do gás que chega ao Estado por gasodutos
Até agora, as obras do Regás estão recuperando as estruturas do Cais de Múltiplo Uso (CMU) de Suape que será utilizado pelo empreendimento. Foto: Divulgação

O Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (Regás) vai investir R$ 80 milhões este ano na segunda etapa da sua implantação no Porto de Suape. Esta nova fase começa este mês e deve ser concluída entre 10 e 14 meses. A empresa vai entrar em fase operacional no final do primeiro semestre de 2025. O empreendimento vai receber um investimento de R$ 1,8 bilhão. 

É um empreendimento importante para o Estado, porque vai tirar Pernambuco da dependência do gás natural que chega por gasodutos e possui  uma oferta limitada. O Regás vai trazer, do exterior, o Gás Natural Liquefeito (GNL) numa embarcação tipo Floating Ship Regaseification (FSRU), que transporta, armazena e faz a regaseificação do GNL. 

“Vamos ser o primeiro terminal do Brasil com acesso a terceiros, usando a capacidade pra atender demandas e compartilhando a infraestrutura”, resume o diretor Executivo da OnCorp, João Mattos. Gerlamente, nos empreendimentos em que a infraestrutura é compartilhada, o bem ou serviço adquirido fica mais barato. 

O terminal terá a capacidade de regaseificar 12 milhões de metros cúbicos diariamente. Uma parte do gás que será regaseificado será destinado à própria Shell e também a Termopernambuco, uma térmica do Grupo Neoenergia instalada em Suape. 

Tanto a primeira etapa da obra como a segunda consistiram em recuperar as estruturas do píer do Cais de Múltiplo Uso (CMU) do Porto de Suape, que será usado nas operações do terminal. Até agora, foram investidos R$ 10 milhões nas obras, do total de R$ 300 milhões a serem empregados neste tipo de ativo.

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Todos os investimentos são bancados pela Shell e On Corp. Em março próximo, vem uma comitiva da Shell vistoriar a obra e encontrar com representantes do governo do Estado. 

 Futuros negócios do Regás

O  Regás já fez um chamamento para quem deseja ter capacidade no terminal. “Vamos estratificar os interesses”, diz João Mattos. O terminal está de olho em várias possibilidades de negócios, incluindo a de se tornar uma fornecedora para a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). “Com o acesso ao GNL, a Copergás pode diversificar o seu portfolio no fornecimento de grandes clientes”, diz João Mattos. 

O empreendimento também pretende disputar futuras concorrências, como algumas chamadas que provavelmente serão abertas pela Copergás como o fornecimento de gás para cidades como Petrolina, Garanhuns e até fornecer gás para a região do Araripe, que queima muita lenha nos seus fornos e uma parte dela é totalmente irregular. “É um mercado consumidor importante. Se fosse oferecida uma linha de crédito pela Adepe ajudaria os empresários a adotar o gás natural”, afirma João Mattos.

O terminal vai trazer GNL que será regaseificado no próprio navio que é transportado, do tipo FSRU, que será conectado por gasodutos à Estação de Transferência de Custódia (ETC), para posterior distribuição pela rede que liga o porto às cidades do Grande Recife. A operação ocorre de navio para navio. O GNL vai vir dos Estados Unidos, Trinidad Tobago e um país da África.

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Obras do Regás, em Suape, começam próximo dia 19. O investimento é de R$ 2 bi

 

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