Obras do Regás, em Suape, começam próximo dia 19. O investimento é de R$ 2 bi

Uma das primeiras empresas que receberão gás do terminal de Suape através do terminal será a Termopernambuco.
O Regás de Suape ocupará o Cais de Múltiplos Usos e será explorado pela OnCorp e Shell/Foto: divulgação

O Governo de Pernambuco assinou nesta sexta-feira (16) o contrato para a instalação de um Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Porto de Suape, a partir de um investimento de R$ 2 bilhões e expectativa de gerar 240 empregos durante a operação do empreendimento, conhecido como Regás. As obras de instalação começam na próxima segunda-feira e durante a execução, também serão criadas centenas de empregos temporários.

A licitação para executar a obra foi vencida pela holding brasileira OnCorp, voltada para o setor de produção e serviços de geração de energia. A Shell, gigante multinacional do setor de óleo e gás, também participará da operação do terminal. As companhias arrendaram o Cais de Múltiplos Usos (CMU), que passará a funcionar, exclusivamente, para esse tipo de operação. A meta e elevar a utilização desse cais de 18% para 100%.

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Operação

A operação funcionará por meio de um navio indústria conhecido como Floating Ship Regaseification Unit (FSRU), que ficará ancorado no Cais de Múltiplos Usos. Ele recebe o gás natural liquefeito (GNL) e lhe devolverá a forma gasosa. O navio estacionário será conectado por gasodutos à Estação de Transferência de Custódia (ETC), para posterior distribuição pelas redes que ligam o porto às cidades do Grande Recife e interior do Estado.

“O FSRU será abastecido por uma embarcação através da transferência direta de um navio para outro, operação também conhecida como ship-to-ship”, explicou o diretor de Gestão Portuária da estatal, Nilson Monteiro. “O gás natural emite menos poluente e traz outro diferencial para a sustentabilidade do complexo, inclusive para funcionamento das usinas termelétricas”, pontuou.

A área arrendada para uso do terminal é de 33.375 metros quadrados e o Porto de Suape será remunerado pela cessão da área do CMU no valor global de R$ 6.295.860,00, para um período de 48 meses de contrato. O montante equivale a R$ 131,1 mil por mês. Além do valor do arrendamento, o investimento engloba os custos com o sistema de recepção aquaviária, infraestrutura de cais e amarração, gasoduto e a estação de transferência de custódia.

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Cliente

Uma das primeiras empresas que receberão gás através do terminal será a Termopernambuco, uma termelétrica de 498 MW que venceu o Leilão de Reserva de Capacidade de 2021. O Regás fornecerá 2.4 milhões de m³/dia de gás e a energia gerada ali será enviada para diversas distribuidoras do país.

Durante cerimônia de assinatura, o governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), definiu a unidade de regaseificação como “um investimento estratégico na área de gás”. O empreendimento, segundo ele, possibilitará que o GNL chegue a lugares que não alcançava até então.

 

O diretor-presidente de Suape, Francisco Martins, destacou que o gás trazido pela Oncorp e pela Shell, vai aumentar a competitividade do estado, atraindo outras indústrias. “É uma injeção direta de competitividade na veia de Pernambuco”, afirmou Francisco Martins.

João Mattos diretor executivo da Oncorp, explicou que a operação terá inicio em 2024 e que a escolha pela instalação do Regás em Suape se deu pela localização e estrutura do porto. “A posição geográfica estratégica do Porto de Suape foi um grande definidor. Fornecer para outros estados do Nordeste a partir de Pernambuco é um atrativo impressionante. Contribuiu ainda a vocação de Suape, que tem um grande polo industrial dentro do porto, o que você não encontra com facilidade no resto do país”.

A expectativa de João Mattos, após os quatro anos do primeiro contrato, é passar por um processo de arrendamento e firmar novo contrato de 20 anos. “É uma possibilidade remotíssima não continuarmos operando após quatro anos. Inclusive, o contrato com a Termopernambuco é de 15 anos”, disse Mattos.

Mattos também espera interiorizar o fornecimento em Pernambuco e em outros estado da região através de caminhões que levarão o gás liquefeito. Ainda de acordo com o diretor da Oncorp, o GNL virá do portfólio internacional da Shell, com origem nos Estados Unidos, Trindade e Tobago (Caribe) e África do Sul.

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