A SouthRock Capital, empresa que detém as operações da Starbucks no Brasil, teve seu pedido de Recuperação Judicial (RJ) negado pela Justiça de São Paulo. Além controlar a rede de cafeterias, a empresa comanda também as operações do Eataly e do Subway no Brasil.
O processo de RJ da SouthRock Capital interrompeu investimentos previstos para o Nordeste. Em março, a SouthRock havia anunciado a chegada da Starbucks à região, com investimentos em unidades no Recife e Fortaleza.
Na capital pernambucana, a loja seria instalada no Shopping Recife. O plano de expansão contemplava também uma unidade no Shopping Iguatemi Bosque Fortaleza.
Ao negar o pedido, o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências de São Paulo, pediu, em seu despacho, uma perícia prévia sobre a documentação apresentada pela companhia.
Na sua decisão, ele determinou a realização de constatação da real situação de funcionamento da empresa, para verificar a correspondência com os seus livros fiscais e comerciais. O juiz nomeou a Laspro Consultores, empresa de administração judicial, para realizar o levantamento com prazo de até sete dias corridos.
Starbucks e a crise
Além da crise econômica e da pandemia da Covid-19, a operadora da Starbucks no Brasil alegou baixo grau de confiança, alta instabilidade no país, volatilidade na taxa de juros e as constantes variações cambiais como fatores para o desequilíbrio da sua operação.
O pedido de RJ foi protocolado na última terça-feira (31), com dívida registrada de R$ 1,8 bilhão. Em 2020, a SouthRock teve uma queda de 95% nas vendas. Em 2021, a queda foi de 70%, enquanto, em 2022, foi de 30%.
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