Italo Nogueira se despede da presidência da Assespro

Principal entidade representativa do setor de TIC empossa nesta quarta-feira, nova diretoria. Confira entrevista exclusiva de Italo ao Movimento Econômico.
Italo Nogueira
Ítalo Nogueira, presidente da Assespro/Foto: divulgação

O pernambucano Italo Nogueira se despede, nesta quarta-feira (22), da Federação das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro), entidade que comandou por dois mandatos consecutivos. A nova diretoria para o biênio 2023/2024 assume o comando em cerimônia de posse no Plenário 2 da Câmara dos Deputados, em Brasília. Christian Santos, da Assespro-DF, é o novo presidente.

“Trabalhamos duro para consolidar a Assespro como player essencial nas principais vitórias nesse período”, diz Italo Nogueira que continua na diretoria e assume, nesta nova gestão, a vice-presidência de Relações Internacionais.

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Com crescimento considerável frente a outras atividades econômicas, a expectativa é de que, nos próximos dez anos, o mercado nacional de TIC alcance a marca de U$ 220 bilhões de dólares. Nesse cenário, a Federação hoje em dia conta com mais de 2.500 empresas associadas em todo o território nacional, com regionais em 13 Estados e sede em Brasília-DF. Assespro representa cerca de 70 mil empresas que geram mais de 1,2 milhões de postos de trabalho.

Nesta entrevista exclusiva ao Movimento Econômico, Italo Nogueira fala de sua passagem pela presidência da Assespro e de sua futura missão de internacionalizar negócios inovadores.

1) Qual o legado de sua gestão na Assespro Nacional?

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Iniciamos nossa gestão, em 2019, num momento de muitas turbulências, pois começava ali também um governo que demonstrou não ter um foco de investimentos muito especial para a inovação. Mantivemos, de toda maneira, pilares que foram marcantes para o nosso mandato. O primeiro deles foi de incentivar a formação de talentos para o setor, aproximando quem contrata dos governos e também entendendo os caminhos de funding e financiamentos para esses projetos. Foram diversos projetos gestados com a participação ativa da Federação Assespro que puderam ser implementados pelo Brasil. Um deles, que muito nos orgulha, e aqui aproveito para citar Pernambuco, foi o de Formação Acelerada de Profissionais (FAP), um projeto que foi desenvolvido pelo Softex PE, Assespro PE e Seprope. Apoiamos desde o início e conseguimos formar 1.000 jovens para o setor. Costumo dizer que, se metade desses jovens tiverem suas vidas modificadas, já deixaremos um belíssimo legado para o futuro.

2) Quais desafios foram mais marcantes?

Durante nosso mandato tivemos que encarar de frente nada menos que um dos eventos mais marcantes para a humanidade nos últimos séculos:  a pandemia de Covid-19. Redobramos os esforços e pautas muito importantes foram trabalhadas. Mas, posso citar a participação ativa da Federação Assespro nas discussões da nova Lei de Liberdade Econômica e do novo Marco Legal das Startups. Esse legado vai ficar para que novas empresas e empreendedores possam surgir no Brasil, dentro de um ambiente muito mais seguro e bem mais interessante para essas empresas nascentes.

3) Que projetos pretende conduzir no novo cargo de vice-presidente de relações internacionais da Federação Assespro?

Na minha gestão, nós conseguimos nomear o primeiro brasileiro para ocupar a vaga de Deputy Chairman da maior entidade de TIC do mundo, a WITSA. Isso aconteceu no Congresso do World Congress on Innovation & Technology – WCIT, na Malásia, ano passado. Tivemos a honra de conquistar essa cadeira para o Brasil e o desafio agora é fazer match de negócios com outros países e com empreendedores do mundo. Trabalhar para que nossas empresas possam ter acesso aos mercados que hoje não conhecemos ou não atuamos. A internacionalização de negócios inovadores e das nossas empresas, será uma grande missão que teremos nesta nova gestão a partir de agora. A conexão com embaixadas que estão no Brasil e com entidades que promovem a internacionalização, será uma missão importante para os próximos dois anos.

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