Quanto custa levar água da Transposição do Rio São Francisco às cidades?

O custo de levar água para 12 milhões de pessoas de quatro Estados do Nordeste será tema de debate na quinta-feira (14), a partir das 19h, na TV Crea-PE, pelo YouTube Depois de 14 anos do início das obras, a Transposição do Rio São Francisco está na reta final da construção. Com a conclusão da […]

O custo de levar água para 12 milhões de pessoas de quatro Estados do Nordeste será tema de debate na quinta-feira (14), a partir das 19h, na TV Crea-PE, pelo YouTube

Depois de 14 anos do início das obras, a Transposição do Rio São Francisco está na reta final da construção. Com a conclusão da parte física, entra a fase de operacionalização e o debate se volta para o valor das tarifas da água e da distribuição.

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Trecho da Transposição do Rio São Francisco em Cabrobó, Pernambuco/Foto: reprodução Wikipedia

Estimativas apontam que só com a energia, o custo anual gerado pela transposição, ficaria na casa dos R$ 400 milhões. Além disso, é preciso definir quais critérios serão usados para o envio da água para Estados e municípios.

Para discutir estes temas o Crea-PE realiza na quinta-feira (14) o debate “A Transposição do São Francisco e a segurança hídrica da região”. O evento, que acontece no formato virtual, é coordenado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) – eixo “Um projeto para Pernambuco e o Brasil”.

O projeto tem uma capacidade de vazão de 126 metros cúbicos de água por segundo, mas só está autorizado a liberar 27 metros cúbicos por segundo.  A permissão para a vazão de 100% da capacidade só é possível se o Lago de Sobradinho (BA) estiver com o reservatório completamente cheio.

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“Quando ocorrerá a permissão para a vazão de 100% se Sobradinho está enviando água para outros reservatórios para garantir a geração de energia no País?”, questiona o coordenador do CTP, João Recena.

O debate, que busca respostas e alternativas para garantir uma segurança hídrica, conta com a participação do engenheiro civil Tiago Portela, coordenador-geral de Obras e Fiscalização do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) do Ministério do Desenvolvimento Regional; do engenheiro civil Joaquim Gondim, superintendente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); e da engenheira civil Fernandha Batista, secretária de Infraestrutura e de Recursos Hídricos de Pernambuco, como palestrantes. A mediação ficará por conta de João Recena.

O projeto da Transposição tem dois eixos principais: o Norte e o Leste. Os dois estão com pelo menos 97% das obras concluídas, conforme informação de Tiago Portela. Segundo ele, algumas obras complementares estão sendo viabilizadas, desde os processos de abertura de licitação à contratação para execução da obra. “Mais de 95% do ramal do Agreste está pronto, com a conclusão total prevista para ocorrer até o final do ano”, garante Portela.

A transposição, um projeto idealizado desde o Império no Brasil, na época de Dom Pedro II, envolve números grandiosos. Ele prevê deslocar água do São Francisco e abastecer quatro Estados nordestinos: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, contemplando 390 municípios e beneficiando 12 milhões de pessoas. Para isso, estão sendo construídos quase 480 quilômetros de tubulação nos eixos norte e leste.

O que: Debate “A Transposição do São Francisco e a segurança hídrica da região” acontece na próxima quinta-feira (14/10), a partir das 19h, ao vivo pela TV Crea-PE.

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