Recife se destaca no Ranking de Competitividade Digital 2021 que avalia 64 países

Brasil melhora colocação em áreas como Conhecimento, mas repete resultado geral do ano anterior no ranking Da redação Em sua quinta edição, o Ranking de Competitividade Digital, realizado pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e com apoio do Instituto IT Mídia, compara 64 nações em fatores […]

Brasil melhora colocação em áreas como Conhecimento, mas repete resultado geral do ano anterior no ranking

Da redação

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Em sua quinta edição, o Ranking de Competitividade Digital, realizado pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e com apoio do Instituto IT Mídia, compara 64 nações em fatores associados às condições que um país cria para adotar e promover tecnologias digitais nos setores público e privado. E algumas cidades brasileiras se destacam no estudo, como Recife e Foz do Iguaçu.

O relatório tem como base três fatores: Conhecimento, que abrange subfatores vinculados a infraestrutura intangível necessária para a aprendizagem e descoberta de novas tecnologias; Tecnologia, que aborda o panorama nacional para o desenvolvimento de tecnologias digitais; e Prontidão Futura, que explora o nível de preparo de uma economia para incorporação das novas tecnologias.

Porto Digital, polo de tecnologia do Recife, é destaque na pesquisa

O relatório de 2021 identificou fortes relações entre a performance dos países durante a crise econômica e sanitária de 2020. Foi possível observar que economias fortes são mais integradas com tecnologia da informação, possuem melhor performance no subfator de treinamento e educação e no de habilidade para alocar capital para educação e desenvolvimento de novas tecnologias. Dessa forma, esses pontos são considerados estratégicos para que um país crie condições de um crescimento e desenvolvimento próspero na era digital.

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Os Estados Unidos permanecem no topo do ranking, com bons resultados principalmente em Prontidão Futura (1º) e Conhecimento (3º). Hong Kong assume a segunda colocação, subindo três posições em relação ao último ano, após melhoras em todos os subfatores de Tecnologia.

O Brasil se manteve em 51º lugar, repetindo o resultado de 2020. Nesta edição, destacam-se ganhos no Investimento em telecomunicações em proporção ao Produto Interno Bruto (0,5%, 21º), expresso pelas 17 posições conquistadas, e na percepção de que o treinamento dos funcionários é uma das prioridades das empresas, passando de 59º para 43º.

Além disso, o anuário não apresentou tantas mudanças em relação a alguns dos pontos em que o país se sobressai, tais como a proporção de pesquisadores do sexo feminino, com 49%, equivalente à 8ª posição, e a produtividade de P&D medido pelo volume de publicações em proporção ao PIB, com 51.371, também na 8ª colocação, que se mantiveram relativamente estáveis.

As principais perdas se concentraram na quantidade de assinantes de banda larga, de 89,2% da população para 75,7%; da 23ª para a 30ª posição. No total de gastos em P&D em proporção ao PIB de 1,26% em 2016 para 1,17% em 2018; da 31ª para a 35ª posição e também na proporção da população usuária de internet.

“Este último indicador é um bom exemplo de como o relatório analisa a posição absoluta e relativa dos países. Neste caso, apesar de ter crescido o número de usuários por 1000 habitantes no Brasil, de 647 em 2017 para 724 em 2020, no ranking geral o país perdeu sete posições, de 46º para 53º, devido ao maior crescimento de outros países, a exemplo da Argentina que passou de 541 usuários por 1000 habitantes para 830, passando da 53ª para a 39ª posição”, explica Carlos Arruda, professor na área de Inovação e Competitividade e diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC.

Recife e Foz do Iguaçu

Algumas cidades brasileiras desenvolvem projetos pioneiros que visam o uso de ferramentas digitais na gestão das cidades. É o caso de Recife (PE). A cooperação entre iniciativas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituições privadas e da Secretaria de Ciência e Tecnologia foi crucial para direcionar esforços e recursos na criação de um hub de tecnologia e inovação, o Porto Digital. Em parceria com a Prefeitura do Recife, foi criado um projeto em que serão oferecidas 1,7 mil vagas em qualificações relativas à área de tecnologia para ex-alunos da rede pública, reforçando o impacto positivo gerado por essas iniciativas no desenvolvimento próspero da comunidade local.

Boas práticas também são identificadas em Foz do Iguaçu (PR). A cidade, conhecida principalmente pelas Cataratas do Iguaçu, teve o seu setor turístico bastante afetado pela pandemia de Covid-19. Diante disso, diversas instituições públicas e privadas se mobilizaram para a criação do Programa Acelera Foz. O projeto é parte de um plano de retomada econômica e pretende criar um ecossistema de inovação que guie as transformações das dinâmicas econômicas da cidade. Entre os projetos, destacam-se a instalação de câmeras de segurança pública inteligentes, iluminação e telegestão com carros elétricos, mapeamento de área urbana com geotecnologia e a implementação de ambientes maker para a educação.

“Embora muitas das soluções aos principais problemas apresentados no ranking de Competitividade Digital 2021 possam ser complexas e estruturais, diversas iniciativas comprovam que é possível iniciar as mudanças necessárias em esferas locais, a partir de ações conjuntas com importantes atores da sociedade em busca de um desenvolvimento próspero e da incorporação do uso das novas tecnologias às soluções de problemas tradicionais”, finaliza Arruda.

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