quinta-feira, 28/03/2024

TAG e CELSE assinam contrato de interligação do Terminal de GNL em Sergipe

Pelo acordo, firmado nesta terça-feira (13), a TAG fica responsável pela implementação de um gasoduto de aproximadamente 25 km e das infraestruturas de acesso necessárias para conectar o terminal de GNL da CELSE à sua malha de transporte de gás natural.

Após mais de dez anos sem ampliação no sistema de transporte, o projeto marca a retomada dos investimentos, um dos resultados da Lei do Gás aprovada em 2021.

A TAG (Transportadora Associada de Gás) celebrou a assinatura do contrato de conexão de acesso para interligação do terminal de GNL da CELSE (Centrais Elétricas de Sergipe S.A.) com a rede de gasodutos da transportadora.

- Publicidade -

Pelo acordo, firmado nesta terça-feira (13), a TAG fica responsável pela implementação de um gasoduto de aproximadamente 25 km e das infraestruturas de acesso necessárias para conectar o terminal de GNL da CELSE à sua malha de transporte de gás natural.

A Celse ficará responsável pelo pagamento mensal de uma Tarifa de Conexão a partir da entrada em operação do gasoduto, ao longo de 30 anos, para remunerar os investimentos que serão realizados pela TAG. O investimento é estimado de R$ 300 milhões.

TAG
Evento reuniu representantes das empresas e do governo de Sergipe/Foto: Ronnie Donald/Usina Trancoso

Durante o e evento, que contou com a participação de representantes das duas empresas, do Governo do Estado de Sergipe, além de outras autoridades e parceiros, Gustavo Labanca, diretor-presidente da TAG, ressaltou a importância dos novos investimentos para expandir sua malha: “Acreditamos no potencial do estado de Sergipe e no apetite dos agentes para desenvolver e atrair novos investimentos para o estado como um novo “hub” de gás natural no país”, disse.

- Publicidade -

Sergipe dispõe do primeiro terminal privado de GNL do país, com capacidade de regaseificação de 21 milhões de m³ por dia. Instalado para atender à Usina Termelétrica Porto de Sergipe I, que consome 6 milhões de m³ por dia de gás natural quando despachada, o terminal conta com capacidade remanescente de cerca de 14 milhões de m³ por dia. Esse volume representa uma enorme oportunidade para desenvolvimento de novos negócios e, para tanto, se faz necessária a conexão do terminal à malha nacional de transporte.

O diretor presidente da CELSE, Glauco Campos, reforçou a importância do gasoduto em questão. “Trata-se de uma grande oportunidade para as empresas, para o estado de Sergipe e para todo o mercado de energia do Brasil. A conexão do terminal de GNL da CELSE à rede da TAG vai possibilitar a criação de uma série de novos negócios em gás e energia a partir do estado de Sergipe, que poderá se tornar um dos maiores polos de gás e energia do Brasil”, destacou.

A TAG detém a mais extensa rede de gasodutos de transporte do país, com aproximadamente 4.500 km. São 3.700 km na região costeira do Brasil, passando por quase 200 municípios de dez estados brasileiros — Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de outros 800 km no Amazonas.

Há três anos sob administração privada, a companhia tem como acionistas a ENGIE, com 65% de participação, maior empresa privada de energia do Brasil, atuando em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas, e a CDPQ, um grupo de investimentos global, com 35% de participação.

Leia também:

O “lixo” do Recife e de Jaboatão que produz biogás e é transformado em energia

Usinas pernambucanas começam a se interessar pela produção de biogás

No Ceará, o biometano representa 15% de tudo que é vendido pela Cegás

CELSE

A CELSE, indiretamente controlada pelas empresas Ebrasil — Eletricidade do Brasil e New Fortress Energy, detém, entre seus ativos, a UTE Porto Sergipe I, a maior usina termoelétrica a gás natural da América Latina e uma das mais eficientes do mundo, e o Terminal de GNL.

A UTE Porto Sergipe I teve sua energia comercializada no Leilão de Energia Nova A-5 de 2015, quando foram firmados contratos de 25 anos de duração com 26 distribuidoras de energia. A termoelétrica possui capacidade instalada de 1.593 MW, montante capaz de atender até 15% da demanda de energia do Nordeste, e seu combustível é trazido para Sergipe na forma de Gás Natural Liquefeito (GNL), que fica armazenado no Golar Nanook — uma embarcação do tipo FSRU (Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação), e regaseificado de acordo com a demanda da UTE Porto de Sergipe I.

Com os projetos de expansão termoelétrica e a interligação do Terminal GNL à Rede de Transporte da TAG, o Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I torna-se o principal polo de gás e energia do Brasil, referência nacional em sustentabilidade, segurança e confiabilidade.

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -