sexta-feira, 29/03/2024

Eneva compra Celse por R$ 6,1 bilhões

A aquisição da Celse representará uma expansão imediata de 66% na capacidade contratada de geração a gás natural da Eneva.
Celse
Vista aérea da Celse, Sergipe Foto: Ascom/Celse

A Eneva assinou o contrato para aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe Participações S.A (Celsepar) junto à New Fortress Energy e à Ebrasil. O acordo garante acesso à infraestrutura de importação de gás natural liquefeito (GNL). A empresa confirmou que assinou contrato no valor de R$ 6,1 bilhões pela aquisição.

A Eneva é uma empresa brasileira integrada de energia, que atua na geração, exploração e produção de petróleo e gás natural, além de comercialização de energia elétrica. Como parte da transação, ela incorpora ao seu portfólio os direitos de expansão da termelétrica e ainda 100% da Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros S.A. (Cebarra) – o que representa uma carteira adicional de 3,2 GW de projetos de expansão adjacentes à usina.

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A aquisição da Celse representará uma expansão imediata de 66% na capacidade contratada de geração a gás natural da Eneva. A ampliação do parque termelétrico a gás é um dos vetores de crescimento da empresa em seu plano estratégico, cuja direção é consolidar a Eneva como uma companhia integrada de energia. A companhia possui, hoje, 3,7 GW contratados, dos quais 2,34 GW são termelétricas a gás — o restante do parque é composto por usinas de energia solar e a carvão.

A compra da termelétrica sergipana – abastecida por GNL importado – diversificará a forma como a companhia se posiciona na geração a gás. A Eneva opera, hoje, apenas projetos de termelétricas integradas à produção própria de gás em terra.

Este é o caso, por exemplo, do Complexo Parnaíba (MA), que reúne quatro usinas em operação e mais duas em construção — todas elas somam 1,9 GW e estão localizadas próximas aos campos de produção de gás operados pela empresa na Bacia do Parnaíba.

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No campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, a Eneva replicou o modelo e está construindo uma térmica de 295 MW próxima aos poços produtores. A empresa opera também uma térmica menor, a Jaguatirica II, de 141 MW — que, embora localizada em Boa Vista (RR), a mais de 1 mil km de distância de Azulão, é abastecida pela produção do campo.

A negociação para a aquisição da Celse não inclui a aquisição do terminal de GNL de Sergipe, que abastece a usina Porto de Sergipe, mas o ativo continuará afretado à termelétrica até 2044. Da capacidade total da planta de regaseificação, de 21 milhões de m3/dia, cerca de 6 milhões de m³/dia estão dedicados à usina.

Em nota, o presidente da Eneva, Pedro Zinner, afirmou que a aquisição da Celse é um “passo fundamental” para que a companhia tenha sua “primeira infraestrutura de hub de gás”.

“Assim, a aquisição garante à Eneva acesso a gás importado e infraestrutura com capacidade disponível que permite a gestão de flexibilidade de suprimento com confiabilidade, contribuindo adicionalmente para a expansão do segmento de comercialização de gás”, esclareceu a empresa, em fato relevante publicado na noite desta terça-feira (31/5).

Hoje, a planta de regaseificação está isolada da rede de gasodutos, mas a Transportadora Associada de Gás (TAG) tem planos de interligar o ativo à sua malha de transporte.

Isso significa, no futuro, que a termelétrica da Celse poderá ser abastecida não só por GNL, mas também pelo gás nacional. A Eneva, vale lembrar, tem planos de se consolidar como uma empresa verticalizada, com atuação na produção, comercialização e geração a gás. A companhia mira, inclusive, a aquisição de campos maduros da Petrobras na Bahia.

Fonte: Epbr

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