Terminal de sal se prepara para receber eólicas offshore no RN

O potencial de eólica offshore no Rio Grande do Norte é grande.
O terminal Porto-Ilha de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, deve receber um investimento estimado em R$ 500 milhões para ampliar a sua atuação e passar a receber equipamentos das eólicas offshore. Foto: Site da Intersal.

O Rio Grande do Norte está dando mais um passo para se concretizar como polo de logística para receber os equipamentos que desembarcarão para a  futura implantação das usinas eólicas offshore. Criado como único terminal offshore para exportação de sal a granel, o Porto-Ilha de Areia Branca está se preparando para receber os equipamentos das eólicas offshore. O investimento estimado é da ordem de R$ 500 milhões. 

Ainda não existe o marco regulatório das eólicas offshore, mas somente o Rio Grande do Norte tem 10 empresas que deram entrada no pedido de licenciamento ambiental ao Ibama. Localizado em alto mar, a 26 km da costa de Areia Branca, o terminal é uma ilha artificial instalada no mar há cerca de 50 anos. Ele movimenta aproximadamente 2 milhões de toneladas de sal por ano. 

O terminal planeja duplicar a sua área de 38 mil metros quadrados e comprar guindastes que possam movimentar de 500 a 700 toneladas. As peças e material usados nas montagens dos parques eólicos são enormes e pesados.

A intenção da empresa que administra o terminal é oferecer também hospedagem para os trabalhadores que vão atuar na montagem dos parques eólicos offshore. A ampliação do empreendimento está sendo negociada entre a Intersal e o grupo americano Edison Chouest Offshore, que tem experiência na área portuária e na indústria offshore. A Intersal está à frente do terminal desde 2022, quando deixou de ser operado pelo setor público. O terminal foi à leilão em 2021.

Por enquanto, uma parte da área do terminal é usada pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) para estudos sobre o potencial eólico e pesquisas ligadas às variáveis oceanográficas. O Senai pretende implantar um espaço de testes para a indústria offshore no local. 

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De acordo com informações da Intersal, será mantido todo o espaço destinado à movimentação do sal e será implantado uma área anexa para receber os equipamentos e pessoas envolvidos na implantação dos parques eólicos offshore. O Rio Grande do Norte é responsável por 95% da produção do sal. 

No entorno das eólicas offshore

O governo do Rio Grande do Norte planeja implantar um Porto Indústria Verde entre os municípios de Caiçara do Norte e Galinhos, que serviria para os equipamentos das futuras eólicas offshore serem fabricados/montados. Depois disso, eles seguiriam para o terminal do Porto-Ilha de Areia Branca, de onde sairiam para ser instalados. 

O Rio Grande do Norte é um dos maiores produtores de energia eólica em terra. A expectativa é que as primeiras eólicas offshore entrem em operação em 2030. “O grande potencial eólico está ao nosso redor, a algumas horas de navegação, e dependendo das embarcações, é possível chegar bem mais rápido até ele. Também estamos próximos a Mossoró, que tem aeroporto, conexão com o resto do Brasil, e enxergamos que tudo isso facilita uma instalação portuária para desenvolver projetos e negócios no seu entorno”, afirma o diretor executivo da Intersal, Valmir  Araújo.

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