Calor aqueceu a produção da Fricon em Paulista (PE)

A demanda provocada pelo calor fez a empresa redimensionar a produção e colocar mais um turno na sua principal linha de montagem.
O calor aumentou a demanda pela produção de equipamentos de refrigeração produzidos pela Fricon e mais de 200 funcionários foram contratados entre setembro do ano passado e o começo deste ano. Foto: Divulgação

A onda de calor que começou em 2023 e está se estendendo até agora contribuiu para o aumento da produção da multinacional Fricon que produz equipamentos de refrigeração comercial horizontais e verticais, aqueles usados em pontos comerciais para armazenar bebidas e sorvetes. Entre setembro de 2023 e o começo deste ano, houve um incremento de 33% no quadro de colaboradores. Foram mais de 200 pessoas contratadas.

Instalada em Paulista há quase 30 anos, as vagas foram abertas para vários níveis, em diversas especialidades, tanto no setor de produção quanto no administrativo. E, no começo deste ano, a companhia contratou mais 100 pessoas para a área de apoio, que faz peças a serem usadas na linha que faz o produto final. “Estava previsto um aumento alto da demanda para o segundo semestre do ano passado por causa do verão de 2023 e depois o Carnaval. Mas a onda de calor nos supreendeu ainda mais. O consumidor final procurou mais sorvetes e bebidas geladas, os nossos clientes demandaram mais equipamentos, mais pontos de vendas para abrir e isso acabou chegando à indústria”, resume o superintendente de operações da Fricon, Michael Matos.

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A Fricon não faz equipamentos para o consumidor final, mas para as empresas que vendem bebidas e cervejas. “Redimensionamos a produção e abrimos mais um turno desde setembro do ano passado”, comenta Michael. Desse modo, a linha de produção principal da empresa passou a ter dois turnos e a de apoio já funcionava em dois turnos, mas hoje conta com mais trabalhadores.

O aumento da produção da empresa variou de 35% a 40, segundo Michael. A fábrica não tem capacidade ociosa. “No nosso planejamento, fizemos uma estratégia para que esta demanda continue o ano todo”, conta Michael. A sazonalidade de vendas na Fricon, que tenderia a crescer no verão e a cair no inverno, não está sendo mais identificada. “Há uma tendência, que mesmo no inverno, a produção continue em alta, pelo que o calor gerou de oportunidades para a gente e os nossos clientes”. Michael não revela os números de faturamento.

Como o calor segue firme e forte, o superintendente diz que vem mais boas novas por aí. A empresa estuda a possibilidade de abrir, ainda este semestre, mais um turno para incrementar a linha vertical de equipamentos, voltado para setor de bebidas. Isso significaria mais investimentos e geração de novos postos de trabalho.

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A unidade da Fricon no Brasil

O superintendente de operações da Fricon, Michael Matos, diz que a onda de calor surpreendeu a empresa. Foto: Divulgação

Atualmente, mais de 900 pessoas trabalham na fábrica da empresa em Paulista. De origem portuguesa, a companhia instalou uma unidade em Pernambuco em 1996 com a finalidade de exportar este tipo de equipamento. A matriz tem sua sede na Vila do Conde, no Norte de Portugal, há mais de 50 anos.

A empresa trabalha com gases ecofriendly, que é o R-290. “Ele não impacta a camada de ozônio e nem contribui para o efeito estufa”, afirma Michael. Durante muito tempo, os gases emitidos pelos equipamentos de refrigeração foram considerados vilões do aquecimento global.

A partir da fábrica de Paulista, a Fricon atende o mercado empresas como Carrefour, Nestlé, Grupo Heineken – que além de dono da marca de cerveja de mesmo nome tem a Amstel e Eisenbahn -, a Cervejaria Cidade Imperial ( proprietária da Cerveja Império) e a Coca Cola. No Brasil, são mais de mil revendedores usando os equipamentos fabricados pela empresa.

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