Fundada em 1891, pela Companhia Geral de Melhoramentos, a Usina Cucaú, sediada em Rio Formoso (PE), chega hoje aos 133 anos gerando quase 4,8 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos e moendo 1,45 milhão de toneladas de cana nesta safra de 2023/2024. Sua produção deve alcançar 30 milhões de litros de etanol e 2,3 milhões de açúcar.
Referência do setor sucroenergético pernambucano, a usina passou por várias gerações. Em 1943 foi adquirida pelo empresário Armando de Queiroz Monteiro e entrou em nova fase, quando foi modernizada toda a sua estrutura e se tornou uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do Estado.
O legado moderno na Cucaú deixado por Armando de Queiroz Monteiro, que faleceu em 1989, foi assumido pelos filhos Armando, Múcio e Rômulo. O primogênito Armando Monteiro Filho, que já atuava com o seu pai, liderou e diversificou os negócios da família entre os anos de 1960 e 1990.
No ano 2000 o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e filho de Armando de Queiroz Monteiro Filho, adquiriu o controle acionário da empresa, implementando uma gestão moderna e arrojada.
Eduardo investiu no campo, expandiu a capacidade produtiva da fábrica, modernizou as instalações e promoveu uma reestruturação administrativa. Hoje, a usina se destaca não só pelo seu desempenho econômico, como também pela sustentabilidade.
A Cucaú é uma força econômica não só para Rio Formoso, como para outras cidades da Zona da Mata Sul pernambucana a exemplo de Sirinhaém, Tamandaré, Gameleira, Ribeirão, Escada, Água Preta, Palmares, Catende e Maraial.
Preservação de Mata Atlântica
A usina é responsável por uma das maiores RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) do Estado, que é a da Mata do Jaguarão, com 900 hectares de Mata Atlântica, formalizada em 17 de julho de 2023, no Dia de Proteção às Florestas.
“O bioma onde está situada a Usina Cucaú, é pela sua característica úmida, reserva de solos férteis e a sua topografia é privilegiada. Possui importantes áreas de várzea, que é o vale do Rio Sirinhaém, além de chãs e muitas áreas de topografia plana. A usina está em uma localização estratégica: perto do Porto de Suape e também da capital pernambucana. Esse DNA de modernização não é de agora. Desde sua aquisição pelo meu avô, Armando de Queiroz Monteiro, que esse patrimônio vem se transformando, fazendo jus à capacidade de operação. O meu pai, Armando, e os meus tios, Múcio e Rômulo, deram continuidade a esse trabalho que é uma verdadeira missão de desenvolvimento. Hoje, nossa atuação também é destaque na preservação ambiental e na sustentabilidade”, afirma o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, que comanda a Cucaú.
Outra usina do Grupo EQM, a Utinga, em Alagoas, também detém em suas terras outras RPPNs, a RPPN da Mata do Cedro, com 979 hectares, e a mais recente, a RPPN da Mata da Sálvia, com 470 hectares.
Segundo Eduardo Monteiro, a aplicação prática da sustentabilidade é a associação do desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente. “Este é o modelo ideal e ao que podemos denominar de desenvolvimento sustentável. Preservar as nossas florestas é imperativo”, reforçou, informando que preservar o patrimônio natural, o grupo investe também na educação ambiental para os funcionários, comunidade e alunos das escolas em todos os engenhos da Usina.
O Grupo EQM também aderiu voluntariamente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), compromisso firmado pelos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, que adotaram a chamada Agenda Pós-2015, considerada uma das mais ambiciosas da história da diplomacia internacional.
Os ODS representam um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.
Combustíveis
Hoje a empresa é uma das principais produtoras do combustível limpo, o etanol, que todos os países buscam atualmente e vem investindo na construção da Biofábrica, a primeira estação de enriquecimento de vinhaça da região.
Maquinário mais versáteis e até drones passaram a ser utilizados em diversas etapas fabril, incluindo o plantio, fábrica, frota e equipamentos agrícolas.
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