Participação societária de empresas do grupo Queiroz Galvão vai a leilão por R$ 260 mi

Promovido pelo TJPE, o certame envolve lotes do Novo Recife Empreendimentos.
Leilão
Edital do certame ocorre na próxima semana e será realizado de forma híbrida: virtual e presencial/Foto: Pixabay

No próximo dia 4 de novembro, vai a leilão a participação societária de duas empresas integrantes do grupo empresarial Queiroz Galvão, referentes a lotes do projeto Novo Recife Empreendimentos, localizado na Avenida Engenheiro José Estelita, no Centro do Recife. A decisão foi da 28ª Vara Cível da Capital – Seção A.

O lance inicial será de R$ 260.520.000,00. A venda ocorrerá por meio de leilão público eletrônico e presencial. A participação societária integra o patrimônio de duas empresas do Grupo. O lote em questão na participação societária tem como proprietário fiduciário o Banco BTG. A publicação do edital do certame ocorra na próxima semana.

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De acordo com a decisão judicial da 28ª Vara Cível da Capital, o resultado da venda será destinado à liquidação dos créditos com garantias reais incidentes sobre as participações societárias detidas pelo credor BTG Pactual. Na hipótese de saldo remanescente, este servirá ao incremento de caixa do grupo Queiroz Galvão para fazer jus às obrigações da recuperação judicial.

Cotas societárias

As cotas societárias do projeto Novo Recife que vão à leilão pertencem às empresas Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) e Queiroz Galvão Empreendimentos Imobiliários LTDA (QGEMP). Por sua vez, essas cotas abrangem a participação acionária em três empresas que não estão na recuperação Judicial: Novo Recife Empreendimentos LTDA, Queiroz Galvão PE 3 Desenvolvimento Imobiliário LTDA e Queiroz Galvão PE 14 Desenvolvimento Imobiliário LTDA. 

O leilão público foi autorizado no processo 0018004-19.2021.8.17.2001, em tramitação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A decisão determinando a venda da participação societária no projeto Novo Recife foi assinada, no último dia 13 de setembro, pela magistrada titular da unidade, a juíza de Direito Adriana Cintra Coelho. O leiloeiro público oficial Diogo Martins foi nomeado para realizar o certame. 

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No final do ano passado, o Banco BTG Pactual S.A. comprou as cotas da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário S/A. e Queiroz Galvão Empreendimentos Ltda. no Projeto Novo Recife, ficando com 33,33% do capital social do empreendimento.

Segundo Diogo Martins, como o BTG Pactual tem a garantia fiduciária, e já colocou preço mínimo de R$ 260,5 milhões, caso não apreçam interessados, homologa-se para o próprio BTG as participações societárias no empreendimento.

O leilão público também teve a aprovação em assembleia da maioria dos credores do Grupo. “Como houve a aquiescência da maioria dos credores com direito a voto em assembleia, nada há de ilegal quanto a venda pretendida, havendo justificativa para a alienação, como forma de fomentar as atividades do grupo empresarial, considerando, ainda, que há terceiro interessado em adquirir as participações societárias”, escreveu a juíza Adriana Cintra.

O projeto do Novo Recife prevê a reurbanização de 4,8 quilômetros do Cais José Estelita, com área privativa de aproximadamente 216 mil m². O projeto comporta  residenciais de alto padrão, hotel e área comercial, parques de uso público, área verde aproximada de 15 mil m², ciclovias e espaços de convivência.

O empreendimento conta com quatro glebas, que foram divididas igualmente entre a Queiroz Galvão e os dois outros sócios: a  Moura Dubeux Engenharia S.A. e a GL Empreendimento. Cada sócio ficou com uma gleba e a quarta eles dividiram igualmente entre si.

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