Seis municípios tiveram situação de emergência decretada em Alagoas devido às chuvas que atingem o estado nos últimos dias. O decreto foi assinado pelo governador em exercício, Ronaldo Lessa, nesta quinta-feira (22) e terá validade de 180 dias.
O decreto estabelece situação anormal por um período de 180 dias para os municípios de Coqueiro Seco, Passo de Camaragibe, Rio Largo, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres e Marechal Deodoro. Essas cidades estão localizadas na Região Metropolitana de Maceió e Litoral Norte de Alagoas.
Segundo o último levantamento divulgado pela Defesa Civil de Alagoas, já são 3.100 pessoas desabrigadas ou desalojadas em 16 municípios do estado.
Entre os municípios em situação de emergência, São Luís do Quitunde registra o maior número de afetados, com 1.588 desalojados e 386 desabrigados, seguido por São Miguel dos Milagres, com 300 desalojados e 100 desabrigados.
O decreto, conforme afirmou o governador em exercício, Ronaldo Lessa, vai autorizar que o Estado e o Governo Federal a repassarem recursos financeiros e materiais aos municípios. Esta é a resposta do Governo de Alagoas para auxiliar as cidades atingidas pelas fortes chuvas”, afirmou.
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Kátia Born, informou que informou a situação dos municípios alagoanos ao ministro Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e ele garantiu o envio de uma equipe da Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social (Forsuas) para avaliar a situação no estado.
Kátia Born também anunciou que o Estado publicou um crédito suplementar para a Seades, que será destinado à aquisição de cestas básicas, produtos de limpeza e colchões. “O secretário Gustavo Pontes [Saúde] comunicou que está montando um kit saúde e de higiene pessoal para que sejam distribuídos aos municípios”, disse.
Chuvas diminuem, mas ainda oferecem risco em Alagoas
Apesar de a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) reclassificar o nível de severidade meteorológica em Alagoas de alerta Máximo para estado de atenção, o solo encharcado devido ao grande volume de chuva dos últimos dias ainda requer atenção para ocorrências de deslizamentos.
A Defesa Civil de Maceió, por exemplo, informou que entre segunda-feira e quarta-feira a capital alagoana registrou 475 milímetros de chuva, o que resultou em alagamentos e deslizamentos de terra em vários pontos da cidade. Não foram registradas mortes. Desde sábado, o órgão atendeu a mais de 700 chamados na capital.
“Nossas equipes estão nas ruas incansavelmente, nossa maior missão é salvaguardar vidas. Por isso reforçarmos à população: saia do local de risco até que chegue uma equipe, sua vida é mais importante”, alertou o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
Os rios e lagunas do estado seguem sendo monitoradas, para evitar transbordos e alagamentos em cidades do litoral alagoano. Segundo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), doze municípios da Região Metropolitana de Maceió, Zona da Mata e Litoral enfrentam deficiência no fornecimento de água devido às chuvas intensas, falta de energia elétrica e problemas mecânicos.
Leia Mais: Arco Metropolitano de Maceió será ampliado até Atalaia, anuncia ministro
