Minério de cobre: AL alavanca exportações para Ásia e Europa

Única mineradora em operação no estado, Vale Verde, tem abastecido mercados europeus e asiáticos com minério de cobre a partir da mina situada no município de Craíbas
Mineradora Vale Verde
Localizada em Craíbas, mina Serrote entrou em operação em junho de 2021 e mira mercado internacional com minério de cobre. Foto: Zóio Comunicação

O município de Craíbas, no Agreste de Alagoas, concentra hoje a segunda maior produção do Nordeste de minério de cobre. A mina Serrote, operada pela Mineração Vale Verde, já exportou mais de 219 mil toneladas de concentrado de cobre para a China e outros países da Europa desde 2021, quando iniciou suas operações.

Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), a produção nordestina de cobre está concentrada na Bahia, nos municípios de Curaçá e Jaguarari, e em Alagoas, no município de Craíbas. 

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O Projeto Serrote pertence ao Grupo Appian Brazil, braço do Grupo Appian Capital Advisory LLP. O grupo é um fundo de investimento londrino, dedicado apenas aos setores de mineração e metalurgia no mundo. No Brasil, o fundo tem o controle de 100% das mineradoras Atlantic Nickel, na Bahia, e da Mineração Vale Verde, em Alagoas.

Segundo a Vale Verde, em 2022 foram exportadas mais de 90 mil toneladas secas de concentrado de cobre e em 2023 foram 106 mil toneladas. Até a última quinta-feira (18) a empresa informou que já realizou 20 embarques de navios, sendo que 11 deles foram para a China, oito para a Finlândia e um para a Polônia.

Vale Verde Mineradora
Mineração Vale Verde iniciou operações em Alagoas de extração de minério de cobre em junho de 2021. Foto: Zóio Comunicação

O cobre é largamente utilizado mundialmente para transmissão de energia elétrica, dentro de residências e prédios comerciais, como também nos sistemas de geração de energia convencional e de energia renovável devido a sua capacidade de condução de eletricidade e resistência à corrosão.  

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Porto de Maceió tem aumento nas exportações

A exploração de cobre tem aumentado o fluxo no Porto de Maceió, que registrou uma elevação de 12,22% na movimentação total de cargas na comparação entre os anos de 2022 e 2023.

Entre as cargas movimentadas, estão granéis sólidos que totalizaram 2.231.903 toneladas, granéis líquidos, 403.042 toneladas, e carga geral, com 9.270 toneladas.

Entre os produtos exportados em 2023, foram registrados crescimento no açúcar a granel, um aumento de 32,52%, no minério de cobre, que aumentou em 27,95% e no petróleo, com elevação de 2,40%. Já entre os produtos importados, o destaque vai para o coque de petróleo +16,16%, clinker +100%, sal +6,45% e o óleo diesel +4,23%.

Segundo a gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), Dielze Mello, Alagoas tem apresentado bons resultados na exportação, acompanhando uma tendência que vem ocorrendo no mercado brasileiro.

Vista aérea Porto de Maceió
Porto de Maceió aumentou em 2023 fluxo de cargas exportadas por conta do açúcar e minério de cobre. Foto: Assessoria Porto de Maceió

“Estamos numa fase muito positiva de exportações no Brasil e Alagoas vem acompanhando a tendência do mercado brasileiro e cresceu 60,3% em 2023, na comparação com 2022. No ano passado, o estado exportou US$ 943,3 milhões e importou US$ 713,3 milhões (-11% nas importações ante 2022). Essa performance histórica foi atribuída a minérios de cobre , açúcares e derivados e o setor de alimentos e bebidas, além da inserção de outros produtos que contribuíram para a diversificação da pauta exportadora do estado”, disse.

Exploração de minério de cobre pode ser ampliada no estado

Logo após o início de suas operações, em junho de 2021, a Mineração Vale Verde iniciou estudos para requisição de um projeto no município de Igaci, que fica a cerca de 20 quilômetros de Craíbas. A mina em operação é a céu aberto e possui vida útil de 14 anos.

“A partir de pesquisas geofísicas na região, foi encontrada uma área de cerca de 170 hectares que está em fase de estudos geológicos para identificação de viabilidade do minério de cobre. É importante ressaltar que a localidade ainda está em fase de estudos e não há Licença de Implantação (LI) para prosseguimento às obras. A implantação desse novo projeto daria, pelo menos, mais cinco anos de vida útil à Mina Serrote”, informou o gerente geral da MVV, Breno Martins.

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