Companhia aérea alcança 100% de carbono neutro na rota Recife-Noronha

A compensação de carbono em voos nacionais e internacionais é realizada por meio do MCO2, primeiro token verde totalmente global registrado em blockchain.

Por Kleber Nunes

A GOL Linhas Aéreas atingiu a marca de 7.295 toneladas de gás carbônico (CO2) neutralizados no trajeto linha Recife-Fernando e Noronha-Recife. Os dados foram divulgados pela companhia nesta quinta-feira (1º) para marcar um ano da primeira rota 100% Carbono Neutro do Brasil. Nesse período, a empresa em parceria com a Moss, uma das principais plataformas ambientais de créditos de carbono do mundo, realizou 953 voos de ida e volta entre a capital pernambucana e o arquipélago.

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A aviação comercial é responsável por 50% das emissões de carbono geradas em Fernando de Noronha. A partir da iniciativa da GOL com a Moss, 25% dessas emissões são neutralizadas graças ao acordo de compensação total de CO2 de todos os voos da rota, doando aos passageiros e à tripulação presentes nos trajetos o certificado da compensação individual da pegada carbônica gerada. Como acréscimo, há um convite: se for do interesse de quem voou com a GOL, comprar o MCO2 para neutralizar os demais trechos que compõem sua viagem.

Arquipélago de Fernando de Noronha (PE)/Foto: divulgação Governo do Pernambuco

“Recife-Fernando de Noronha é uma rota especial, desejada por clientes brasileiros e do mundo inteiro. Para a GOL, é muito gratificante saber que a empresa oferece uma experiência de viagem sustentável para a ilha, não se eximindo de suas responsabilidades ao mitigar o impacto de suas operações nas mudanças climáticas e nas emissões. Um ano de carbono neutro entre Recife e Fernando de Noronha é um marco importantíssimo na nossa campanha #MeuVooCompensa”, afirma o diretor do Centro de Controle Operacional e de Engenharia da GOL, Eduardo Calderon.

Como funciona a compensação de carbono

A compensação de carbono em voos nacionais e internacionais da GOL é realizada por meio do MCO2, primeiro token verde totalmente global registrado em blockchain, criado pela Moss. O valor gerado pela transação do token destina-se a neutralizar a emissão de CO2 a partir do apoio a projetos ambientais certificados com atuação na Amazônia.

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Apagar a pegada carbônica de um trecho como Congonhas-Salvador, por exemplo, sai hoje em média por R$11,20. Para chegar ao valor, basta o cliente usar a calculadora disponível no site da GOL e da Moss, e adquirir o correspondente à sua compensação em MCO2 para neutralizar sua emissão individual de 0,14t de CO2 no voo. Feita a transação, o passageiro tem a garantia de que o valor pago será revertido em benefícios à Floresta Amazônica, com direito a certificado. É possível compensar viagens já realizadas, voos atuais e até futuros.

No primeiro semestre de 2021, a GOL se comprometeu com o balanço líquido zero de carbono até o ano de 2050. Há mais de 12 anos, porém, a Companhia vem buscando implementar melhorias operacionais, adotar novas tecnologias e aperfeiçoar procedimentos que possam contribuir para a redução de seus impactos no espaço aéreo, nos aeroportos onde atua e ainda na natureza.

“Nossa parceria de longa data com a GOL permite seguir com nossa missão de democratizar o acesso ao crédito de carbono tendo como foco principal combater o desmatamento, gerar impacto socioambiental positivo e promover a economia autossustentável”, explica Luís Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss.

Segundo a GOL, aliado à compensação de carbono, a companhia investe na renovação da frota com aviões como o Boeing 737 MAX. A aeronave apresenta 5% de economia de combustível, 16% menos emissão de carbono, 40% menos ruído e maior alcance, comparativamente ao Boeing 737 NG.

Outra iniciativa da empresa para mitigar o impacto ambiental das operações, começou em 2012 com ações que fomentam a implantação da cadeia de valor do bioquerosene no Brasil. Em paralelo, apoia projetos de produção de biocombustíveis em diferentes regiões do País, além de já ter operado mais de 360 voos com bioquerosene.

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