Sudene sugere 12 novas rotas aéreas para o Nordeste

Proposta da Sudene para ampliar voos na região foi apresentada à Secretaria Nacional de Aviação Civil

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) quer 12 novas rotas aéreas ligando polos econômicos do interior a outras grandes cidades da região e do Espírito Santo. A proposta da autarquia para ampliar as ofertas de voos e fortalecer a malha regional foi apresentada, na última terça-feira (16), à Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura.

Aeroporto Pedro Vieira Moreira, localizado em Cajazeiras, na Paraiba – FOTO: Secom/PB

Tendo como critério o mapeamento de aeroportos que podem viabilizar a estratégia de implementação e interiorização das ações do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a Sudene utilizou a base de dados do IBGE Cidades, do Plano Aeroviário Nacional (PAN) 2018 – 2038, da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, além de informações de sites oficiais sobre operações de voos comerciais para indicar os terminais que poderão receber as novas rotas.

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A partir do cruzamento dessas bases de dados, a autarquia propôs a criação de trechos para exploração aérea em Sobral e Iguatu, no Ceará; Balsas, no Maranhão; São Raimundo Nonato, Picos, Bom Jesus e Corrente, no Piauí. Também estão na proposta, Feira de Santana e Paulo Afonso, na Bahia; Cajazeiras, na Paraíba; Arapiraca, em Alagoas; e São Mateus, no Espírito Santo.

“Partimos do desafio de identificar se os voos não existem porque a economia local não os sustenta ou se é a própria atividade econômica que não cresce em virtude da inexistência da oferta de rotas”, explicou o superintendente da Sudene, general Araújo Lima. Segundo ele, o tema ganhou força a partir das demandas apresentadas pelos gestores municipais em programas como o G52 e o Projeto de Desenvolvimento Federativo.

Sudene defende aumento da capacidade logística

Na avaliação da Sudene, os terminais aéreos nessas cidades possuem localização estratégica junto aos principais corredores logísticos do Nordeste, a exemplo das ferrovias Transnordestina, Integração Oeste-Leste (FIOL) e Centro-Atlântica (FCA). A Sudene argumenta ainda que os municípios integram região de influência de grandes atividades econômicas, como a produção de grãos e mineração na área do Matopiba (MA, TO, PI e BA) e os arranjos produtivos locais próximos aos ramais do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

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“A aviação apresenta uma grande contribuição para o desenvolvimento regional. Ela traz mais capilaridade e tráfego a destinos importantes para a economia do Nordeste, viabilizando a ligação de cidades e ampliando as oportunidades de negócios”, avaliou o coordenador-geral de cooperação e articulação de políticas da Sudene, Renato Vaz.

Diante do cenário apresentado, a Sudene sugeriu que haja uma priorização dos aeroportos regionais indicados para recebimento de investimentos e no planejamento do Plano Aeroviário Nacional. A autarquia também ressaltou a importância da interlocução com secretarias e Agências de Desenvolvimento Econômico dos Estados e com as companhias aéreas, para verificar a programação e perspectivas de implantação e retomada das rotas comerciais propostas.

O secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann, elogiou a iniciativa e destacou que a articulação entre as empresas aéreas e a iniciativa pública pode criar as condições necessárias para viabilizar as propostas da Sudene.

“Podemos unir os aspectos econômicos e sociais às razões econômicas e operacionais das empresas aéreas. É fundamental ouvi-las, assim como os governos estaduais, na busca por incentivos competitivos ao setor. Queremos chegar a 200 cidades atendidas pela aviação regular. E boa parte desses territórios está no Nordeste. Por isso, estamos alinhados a esta ação da Sudene”, assegurou Glanzmann.

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