Movimentação no Porto do Recife cresce 90% após dragagem

A Ambev, indústria cervejeira, tem investido no ancoradouro recifense como principal centro de distribuição da cevada para o Nordeste.
Porto do Recife
Porto do Recife: maior calado e navios mais pesados/foto: divulgação

A movimentação no Porto do Recife cresceu 90,24% no mês passado, o que representou o melhor junho dos últimos três anos. O ancoradouro recebeu 31 navios que movimentaram 109.625 toneladas. No mesmo período do ano passado, foram movimentadas 57.625 toneladas.

Com calado maior, após passar por dragagem, o porto da capital viu crescer a movimentação de trigo. “Esse crescimento do grão em 50,8% no mês de  junho foi um reflexo do uso das nossas novas profundidades. Os importadores do grão têm trazido navios cada vez mais cheios, aumentando a movimentação por navio e impulsionando o fluxo de cargas no terminal recifense”, explica José Divard de Oliveira, diretor Comercial e de Operações.

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Na semana passada, o porto teve a batimetria final da obra de dragagem aprovada pelo CHM (Centro Hidrográfico da Marinha). O relatório final apontou que os berços 00 e 01 chegaram a profundidade de 10 metros; o trecho entre os berços 02 e 06, atingiram 11 metros; e a profundidade entre os berços 07 e 09 alcançou oito metros. Os trechos mencionados poderão chegar às profundidades máximas, na maré alta, de 12,60m, 13,60m e 10,6m respectivamente. É isso que tem permitido ao porto receber navios mais carregados e a ampliar sua movimentação de cargas.

Cargas movimentadas

Outros produtos que ajudaram no crescimento da movimentação de cargas foram os fertilizantes, a barrilha e o malte de cevada. Os adubos apresentaram o maior alta, com 630,4%, movimentando 29.285 toneladas. “Esse crescimento dos fertilizantes fora de época está associado ao cenário mundial, a guerra e a dificuldade de fornecimento do produto. Como o importador não pode deixar de atender seus clientes, eles têm movimentado uma maior quantidade de fertilizantes para garantir estoque”, afirma José Lindoso, presidente do Porto do Recife.

O malte de cevada e a barrilha tiveram um incremento principalmente pelo aumento da demanda dos produtos. A Ambev, indústria cervejeira, tem investido no ancoradouro recifense como principal centro de distribuição da cevada para o Nordeste e, por isso, a carga fechou junho com um crescimento de 80,9%, movimentando 19.904 toneladas.

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Já a barrilha atende a demanda das indústrias saponáceas e vidreiras do Estado, que incrementaram a demanda no mês de junho, importando 24.797 toneladas pela capital pernambucana, impulsionando em 59,9% a movimentação do produto no ancoradouro.

GESTÃO – Na próxima quarta-feira José Lindoso passa a presidência do Porto do Recife para o advogado Tito Lívio Morais. A dragagem foi uma das importantes conquistas da gestão de Lindoso, no comando do ancoradouro recifense. O presidente também foi responsável pela concretização do investimento da Liquiport no Porto do Recife. A empresa irá montar uma bateria de sete silos para movimentação de malte de cevada. Bem como da negociação para ampliação dos silos da Rhodes. Os dois novos negócios deverão tornar o Porto do Recife um hub do grão para o Norte/Nordeste.

A captação de novos negócios passou tanto pela parte institucional, como estrutural da gestão. Com a aprovação do novo Plano de Zoneamento (PDZ) do ancoradouro foi possível uma melhor definição e disponibilização de áreas para arrendamento dentro da zona portuária do Recife. Ao todo, três áreas já possuem efetivo interesse e outras três áreas foram regularizadas.

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