Grupo Amarante vai investir R$ 1,6 bilhão em resorts de luxo

O plano de investimento do Grupo Amarante inclui a construção de um resort em Porto de Pedras, em Alagoas
O investimento do grupo Amarante incluiu um retrofit realizado em 2021 no resort Salinas do Maragogi, implantado pela empresa há 30 anos. Foto: Kaio Fragoso/Divulgação

A empresa hoteleira pernambucana Amarante planeja investir R$ 1,6 bilhão numa expansão que vai até 2031, incluindo ampliações nos três hotéis da companhia e a construção de um novo resort na Praia de Lajes, na cidade de Porto de Pedras, a 120 km de Maceió e 186 km do Recife. A Praia de Lajes fica ao lado da Praia do Patacho, uma das mais belas de Alagoas. 

O investimento total vai deixar a companhia com uma oferta de cerca de 3,3 mil apartamentos, englobando a construção de outros empreendimentos, que são projetos “em desenvolvimento” e, por isso, ainda não estão sendo divulgados. Atualmente, a empresa tem 807 apartamentos nos hotéis Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort, todos em Alagoas. 

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“No  curto prazo, até 2025,  estamos muito otimistas, visto que temos as praias mais bonitas do Nordeste entre Alagoas e Pernambuco. E algumas intocadas ainda”, diz o gerente de Engenharia e Desenvolvimento do grupo Amarante, Felipe Grisi. E acrescenta: “a nossa intenção é criar destinos. Há 30 anos, o grupo construiu o Hotel Salinas do Maragogi, o que ajudou a consolidar a localidade como destino turístico”.

Somente o investimento na nova unidade, o resort da Praia de Lajes,  será de R$ 140 milhões, incluindo obras físicas, equipamentos e a mobília. Em abril de 2024, o grupo vai fazer uma licitação para escolher a empresa que vai fazer a obra civil, que deve ser iniciada até agosto do próximo ano e concluída em março de 2026. A previsão é de que o empreendimento entre em operação em julho de 2026.

Outros projetos que estão dentro do investimento total são a segunda expansão do hotel de Japaratinga com mais 64 apartamentos entregues até outubro de 2024, o que vai demandar um investimento de R$35 milhões; a terceira ampliação, também de Japaratinga, que vai passar a ter mais 180 apartamentos, uma nova recepção, piscinas, restaurantes e quadras, com um projeto orçado em R$145 milhões, que tem a entrega definitiva para operação prevista até setembro de 2026.

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Ainda dentro do investimento total, foi realizado um retrofit no Salinas do Maragogi com a entrega de mais 42 apartamentos, em 2021, e reforma de toda a área comum que teve um custo de R$ 20 milhões. “Os demais projetos ainda são internos e seu desenvolvimento ainda não estamos divulgando”, comenta Felipe. 

A pandemia e o plano de expansão

Um dos setores mais atingidos pela pandemia foi o setor de turismo, incluindo a hotelaria. “Quando a pandemia chegou nos encontrou capitalizados. E resolvemos apostar no pós pandemia”, resume Felipe. O atual plano de expansão do Amarante foi traçado durante a pandemia. A companhia também fez uma engenharia financeira que conta com empréstimos a longo prazo no Banco do Nordeste (BNB) e aderiu ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) que reduz alíquotas de vários impostos para o setor até 2027, permitindo que estes recursos sejam usados em investimentos.

A média de ocupação anual dos hotéis do grupo é de 93%. A crise provocada pela Braskem que atingiu cinco bairros de Maceió que estão com afundamento de solo até agora até agora não repercutiu nas reservas. O hotel da empresa em Maceió fica a 25 km da mina da Braskem que apresentou o problema. Segundo informações da empresa, aumentou o número de dúvidas e atendimentos na central de relacionamento, mas não afetou a ocupação. No Salinas Maceió, a ocupação prevista será de 90% em janeiro de 2024. A empresa tem “preocupação que isso possa nos prejudicar no médio prazo, mas até então está sob controle”.

A previsão é de que em 2023 o faturamento bruto do grupo alcance R$ 452 milhões, juntando a receita realizada entre janeiro e outubro e a prevista para os meses de novembro e dezembro. Isso vai representar um crescimento de 17% sobre o faturamento de 2022, que ficou em R$ 385 milhões. A empresa emprega mais de 1.700 pessoas.

Fundada pelo empresário alagoano Márcio Vasconcellos, o grupo tem sede no Recife. Os principais acionistas da empresa são o CEO, Mário Vasconcellos, e sua irmã, Márcia Vasconcellos. A companhia tem também uma participação minoritária de alguns diretores da empresa.

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