JCPM: shoppings a caminho da venda ou do IPO em 2023?

O grupo JCPM já foi abordado por um fundo de investimentos bilionário, e isso teria despertado a necessidade de reestruturar a gestão.
JCPM: em busca de mais governança/Foto: reprodução do site institucional

Nos últimos dias, cresceram as especulações sobre a venda da rede de shopping center do empresário João Carlos Paes Mendonça. Mas o interesse dele – que foi o fundador da rede de supermercados pernambucana Bompreço – pode estar indo numa direção oposta à venda.

Em outubro de 2021, o grupo fez um movimento que chamou atenção do mercado: separou o negócio de shopping center dos outros negócios do grupo e criou uma nova holding: a JCPM Shopping Center S.A, que concentra a participação acionária em 11 shopping centers, a maioria no Nordeste. Os outros negócios do grupo ficaram com a JCPM Participações e Investimentos Ltda.

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Jaime Queiroz Filho, o então vice-presidente-executivo do Grupo JCPM, passou a presidir a nova organização e João Carlos Paes Mendonça, o Conselho de Administração. Seus três netos acionistas – João Carlos Paes Mendonça Tavares de Melo, Marcelo Tavares de Melo Filho e Renato Paes Mendonça Tavares de Melo – também integram o conselho, que conta ainda com outro membro, o executivo Marcelo Silva, ex-presidente do Magazine Luiza.

Essa movimentação foi entendida como uma preparação para a venda. O grupo já soltou nota negando a venda das operações. Na verdade, o que esses passos demonstram é a preparação para novos negócios, com possível abertura de capital – neste ou no próximo ano -, ou internacionalização da sua área de shopping. No mercado, comenta-se que JCPM teria sido abordado por um fundo de investimento bilionário, o que despertou a necessidade de reestruturar a gestão. Na ocasião em que comunicou ao mercado a nova holding, o empresário, que está com 84 anos, chegou a dizer que estava “preparando o grupo para o futuro” e que queria atingir um “nível maior de governança”.

JCPM: novos rumos

A capitalização, seja via IPO ou aporte bilionário de algum fundo, daria mais fôlego para o empresário JCPM avançar no mercado internacional. E há motivos para isso. João Carlos Paes Mendonça tem passado muito tempo em Portugal, onde produz vinho na Quinta Maria Izabel, localizada na região do Douro. Seu neto Marcelo também tem investido no país lusófono.

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Shopping Riomar Recife/Foto: reprodução da internet

Consultores do setor de shoppings não acreditam que haja intenção de venda. “O grupo é capitalizado, tem caixa e sucessores, não há motivo aparente para querer se desfazer de algo que vai muito bem”, diz um deles. “A coisa mais difícil do mundo é comprar de rico. Rico não precisa de dinheiro e tende a colocar o preço bem acima do valuation (valor de mercado) ”, diz outro.

A internacionalização é um passo bem mais provável, não só pelo fato de parte da família estar cada vez mais presente na Europa, mas porque garante faturamento em dólar ou em euro. Algo que todo empresário busca em momentos de instabilidade nacional.

A assessoria de comunicação do grupo respondeu ao Movimento Econômico informado que não há nenhuma movimentação de venda, abertura de capital ou para novos sócios e que a reestruturação é um compromisso com uma melhor governança.

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