Fenearte abre as portas com 5 mil expositores

O Manguebeat, movimento de economia criativa que brotou na década de 90, recebe homenagem na Fenearte pelos seus 30 anos.
artesanato
Moda pernambucana estará em destaque na Fenearte/Foto: ME

Um dos maiores movimentos culturais eclodidos em Pernambuco, o Manguebeat, será tema da 22ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). A homenagem se justifica pelos 30 anos deste que foi um dos grandes acontecimentos da década de 1990, que impactou o Brasil e provocou uma revolução cultural que deixou um legado identitário que reverbera até hoje.

Considerada uma edição histórica, a 22ª Fenearte terá cerca de 5 mil expositores distribuídos em 700 espaços, em uma área de 30 mil m². Foram investidos R$ 7 milhões no evento, que deve gear 2,5 mil postos de trabalho temporários e tem uma expectativa de movimentação financeira de R$ 40 milhões. São esperados mais de 200 mil visitantes de vários estados.

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A Fenearte é uma realização do Governo do Estado, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC) e da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe). Hoje, o conteúdo da feira foi apresentado à imprensa.

Fenarte
Coletiva de Imprensa para anunciar programação da feira/Foto: @tonyholandafoto ( Adepe )

O caranguejo, um dos elementos símbolos da cultura beat, já pode ser visto nas ruas do Recife e ocupará seu devido espaço dentro do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, entre 06 a 17 de julho, dias de realização da feira.

A cultura mangue, representativa de uma economia criativa que brotou na década de 90 com esse movimento, se projetará na Fenearte sob vários aspectos, tendo como propósito ampliar o interesse de novos públicos pela feira. A homenagem se apresenta como um resgate para novas gerações entenderem o Manguebeat.

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Vitrine

Vitrine da produção artesanal, alcançado inclusive expositores de outros países latino-americanos, a Fenearte é palco principal para a arte pernambucana: 80% do que estará exposto é produção local. Só na Alameda dos Mestres, 64 artistas provenientes de todas as regiões pernambucanas expõem suas obras.

A Fenearte é uma das maiores feiras do País e por isso é aguarda com expectativa. Muitos artesãos garantem vendas para o ano todo com as encomendas que recebem. “A feira representa a retomada do desenvolvimento econômico do Estado e também uma das maiores ações de política pública para o artesanato. Mas não só. É o entendimento da riqueza e dimensão cultural que temos, que envolve vários setores culturais que são estruturais para a movimentação da economia criativa”, analisa a coordenadora da Fenearte e diretora de Economia Criativa da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Márcia Souto.

Sob inspiração do Manguebeat, a Fenearte traz de volta símbolos da cultura local, como o Mercado Pop, que escoava a produção da economia criativa da década de 90; apresentações de artistas do Patrimônios Vivos e de influências do Manguebeat; o palco SOM na Rural, comandado pelo agitador cultural Roger de Renor, que abriu espaço para a música local e dedicou uma forte atenção ao Manguebeat. Assim que vai à esta edição da Fenearte poderá conhecer um pouco da história cultural da década de 90 em Pernambuco.

O Manguebeat estará permeando tudo no pavilhão do Centro de Convenções: o clima, a estética, a trilha sonora e as metáforas propostas, os salões de arte, desfiles de moda, oficinas gratuitas, rodas de conversas, shows, atividades infantis, e decoração. Logo na entrada o público será convidado a mergulhar neste universo por meio da cenografia monumental assinada pelo arquiteto Carlos Augusto Lira e projeto visual ilustrado pelo designer André Rebouças.

Um dos destaques da expografia é a reprodução de uma compilação de símbolos da linguagem Mangue aplicada na fachada do pavilhão do Centro de Convenções e na série de pórticos e lustres que acolhem e iluminam a Alameda dos Mestres. Também haverá um grande painel de LED no qual serão projetados registros da raiz efervescente do movimento e seus colaboradores.

Rodas de Conversas

A Feira também tem inclusão e debates em sua programação. O Projeto Pizza Maker Down, sucesso na última edição, se repetirá este ano. A iniciativa social unirá profissionais com Síndrome de Down que estarão todos os dias produzindo e comercializando pizzas de diversos sabores no Mezanino.

Já o Espaço Janete Costa será ponto de encontro para discussões, aprendizados e reflexões. Entre os dias 07 e 13 de julho, sempre às 16h, a já tradicional roda de conversas com especialistas de perspectivas diversas contará com a seguinte programação:

Dia 07/07 às 16h
Artesanato e Arte Popular
Ricardo Gomes Lima – RJ Antropólogo , professor da UFRJ , pesquisador e curador de artesanato e arte popular, membro do Conselho da Arte Sol;
Adelia Borges – SP Jornalista, Curadora, crítica de design, Doutora Honório pela UNESP e membro do Conselho da Arte Sol;
Bel Juruna – PA Artista e designer indígena da etnia JURUNA.

Dia 08/07 às 16h
Movimento Mangue – Moda
Evêncio Vasconcelos – Produtor do Mercado Pop
Eduardo Ferreira – Estilista e figurinista criador da estética mangue
Período Fértil – Marcia Lima e Clesinho Santos, moda
Fag – Osman Frasão- moda
Beto Normal – estilista e figurinista

Dia 11/07 às 16h

Design artesanal
Erico Gondin-CE Artista e designer
Rodrigo Ambrósio -AL Artista, designer
Marcenaria Olinda- PE Fernando Ancil
Projeto Riquezas da mata –Ipojuca –PE SEBRAE e Imaginário Pernambucano

Dia 12/07 às 16h
Movimento Manguebeat – Música
Paulo André – Idealizador e produtor do Abril pro Rock
Fred Zero Quatro – Compositor e cantor do Mundo Livre S/A
Canibal – Cantor e compositor
Renato L – Jornalista, produtor cultural
Louise França – Filha de Chico Science

Dia 13/07 às 16h
Movimento Mangue cena artística
Juliana Notari , Artista Visual
Maurício Castro, Artista plástico
Fernando Perez
Jacaré
Leopoldo Nobrega

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