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H2V: White Martins fará em Pecém projeto 20 vezes maior que o de Suape

Informação sobre H2V foi dada pelo presidente da White Martins e da Linde na América do Sul, Gilney Bastos, que esteve no Ceará para inauguração de unidade de envase de gases industriais e medicinais
White Martins fábrica em Maracanaú (CE) gases industriais
Com investimento de R$ 70 milhões, a fábrica de enchimento de cilindros da White Martins inaugurada em Maracanaú (CE) funciona em uma área de 12 mil metros quadrados e vai aumentar em 20% a produção de gases industriais e medicinais. Foto: White Martins/Divulgação

Ao participar da solenidade de inauguração, em Maracanaú, da unidade de envase de cilindros que vai atender a demanda por gases industriais e medicinais nas regiões Norte e Nordeste, o presidente da White Martins e da Linde na América do Sul, Gilney Bastos, confirmou o Ceará como o estado que terá o seu maior projeto de hidrogênio verde do país. Segundo disse aos jornais locais, será 20 vezes maior do que a operação já existente em Pernambuco e voltada para exportação.

Instalada no Porto de Suape, a operação pernambucana de H2V da White Martins produz 156 toneladas anuais de H2V em escala industrial com a utilização de 1.6 MW de energia solar no processo de eletrólise da água. A unidade recebeu, em dezembro de 2022, o Green hydrogen certification”, concedido pela empresa alemã TÜV Rheinland, referência mundial em certificação, para seu processo de produção de hidrogênio verde que visa abastecer o mercado local.

Além de Pernambuco e Ceará, a White Martins projeta inaugurar no próximo ano uma unidade de produção de hidrogênio verde em São Paulo, com capacidade cinco vezes maior do que a unidade pioneira do porto de Suape.

Segundo comunicado oficial da empresa divulgado em abril, um eletrolisador alcalino pressurizado de 5 megawatts (MW) será instalado próximo a uma instalação da empresa de gases industriais em Jacareí (SP). A unidade será alimentada por energia elétrica de fontes renováveis solar e eólica para produzir hidrogênio verde certificado de forma independente. O combustível será usado pela fabricante de vidros Cebrace para reduzir as emissões de seus fornos de fusão de vido.

Mas o empreendimento maior é o que deve funcionar em Pecém, voltado para abastecer navios que seguirão para outros países, principalmente do continente europeu.

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H2V em Pecém

A planta de H2V no Ceará será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e, desde 2021, conta com Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para produção de hidrogênio verde assinado. Gilney Bastos garantiu que o projeto vai sair do papel. Ele destacou que o desenvolvimento da cadeia de produção do novo combustível vai demandar contrapartida em obras de infraestrutura, principalmente o acesso viário a Pecém.

O Memorando de Entendimento assinado estabelece a necessidade de parcerias com o O HUB de Hidrogênio Verde do Ceará para o desenvolvimento as potencialidades da produção da White Martins, voltada prioritariamente à exportação para a Europa.

Com a assinatura do MoU, o Complexo do Pecém prestará o suporte para mapear novas oportunidades de negócios para a produção e o fornecimento de H2V pela White Martins. O HUB de Hidrogênio Verde foi lançado fevereiro de 2021 em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Empresa do grupo Linde, a White Martins detém tecnologia e expertise em várias áreas-chave da cadeia de produção, distribuição e aplicação do H2V, incluindo eletrolisadores, produção de amônia, liquefação de H2, tecnologia para uso de H2 em mobilidade e experiência com injeção de H2 em redes de gás natural.

Presente no Brasil há mais de 110 anos fornecendo gases medicinais e industriais, a White Martins é a primeira empresa a produzir hidrogênio verde em escala industrial no país e na América do Sul. Para ser classificado como verde, uma das premissas é que o hidrogênio seja produzido a partir do uso de fontes renováveis.

Leia mais: H2V no Ceará avança: 3 empresas já têm EIA RIMA

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