A onda da descarbonização tem gerado bons negócios para a Elétron Energy. Depois de fechar com a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk um contrato de 15 anos, no valor de US$ 100 milhões, para gerar até 75 megawatt-pico, (MWp), a empresa pernambucana, comandada por André Cavalcanti, prepara novas inaugurações até 2026 para atender a corporações que desejam reduzir suas emissões de carbono.
É o caso de uma indústria de laticínios que contratou na Elétron Energy para gerar 26 megawatts (MW) em energia solar nos estados de Minas Gerais e Goiás. De acordo com Cavalcanti, que ainda mantém sob sigilo o nome do cliente, serão entregues 13 MW em 2025 e a outra metade em 2026, num investimento próximo a R$ 100 milhões.
Além disso, a Elétron Energy inaugura no final do mês, em Ibimirim, Sertão pernambucano, outro projeto de 57 MW que leva o nome da cidade onde está localizada. “Até o fim do ano, teremos mais 25 MW em projetos de geração distribuída em vários municípios no Norte e Nordeste entrando em operação”, anuncia Cavalcanti. O valor total investido pela companhia em 2024 e 2025 é superior a R$ 1 bilhão, entre os projetos que já entraram em operação e os que estão sendo construídos.
Projetos da Elétron Energy
Adicionalmente, a empresa possui uma carteira com 12 novos negócios em desenvolvimento que somam 500 MW. São projetos que estão sendo destravados graças aos últimos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para linhas de transmissão. No último dia 28 de março ocorreu o mais recente, envolvendo a construção e manutenção de 6,4 mil quilômetros de linhas de transmissão em 14 estados, a maioria do Nordeste.
É nesta região que a empresa detém a maior parte dos seus parques de geração solar. Em fevereiro passado, Elétron Energy inaugurou, em sociedade com a Kroma Energia, uma megaunidade no município de Flores, no Sertão pernambucano. O Complexo Solar São Pedro e Paulo recebeu investimentos em torno de R$ 320 milhões, sendo R$ 218 milhões financiados pelo Banco do Nordeste (BNB).
O complexo reúne 153.816 painéis com capacidade de gerar 101 megawatt-pico (MWp), energia suficiente para abastecer todas as casas do Sertão do Pajeú, que agrega 150 mil residências e 300 mil habitantes em 17 municípios. A energia a ser produzida já está totalmente comercializada – 30% direcionada o mercado cativo e 70% para clientes do mercado livre.
O empreendimento, operado pela Kroma Energia, abrange quatro usinas em um terreno de 189 hectares, com capacidade para gerar 199 GWh anualmente. A energia produzida evitará a emissão de 25 mil toneladas de CO2, equivalente ao plantio de 175 mil árvores.
Atualmente a Elétron Energy produz 200 MW conectados no pico, potencial que sobe para 300 MWp contando com a capacidade máxima da Usina Fotovoltaica Riacho dedicada à farmacêutica dinamarquesa, em Minas Gerais. Neste negócio, caberá a Elétron o investimento de US$ 100 milhões (R$ 245 milhões), com financiamento de 50% pelo Banco do Nordeste. A Novo Nordisk fará o pagamento através de locação da usina, num modelo de autoprodução de energia por arrendamento.
A Elétron Energy tem sede no Recife e conta com diversas filiais em todo o Brasil. O Grupo Elétron Energy é formado pela Elétron Energy, Elétron Gestão, Elétron Power, Mercúria Comercializadora e a Juntos Energia. Juntas, elas atendem consumidores de todas as regiões do país.
Leia também:
Parceria para estimular a produção de biogás e biometano em PE
Grupo EQM e ZEG vão produzir biometano em 2 estados no NE
Joint venture entre Grupo EQM e o Movimento Econômico fortalece jornalismo regional