Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que as indústrias de menor porte são as que ficam mais reféns de uma única fonte de energia e, no caso, é a elétrica. Enquanto 25% das pequenas empresas utilizam insumos energéticos alternativos à energia elétrica, o índice alcança 38,1% das médias empresas e 40% das grandes.
O levantamento constatou que, em Pernambuco, 71,9% das indústrias admitem que a energia elétrica é a mais utilizada no processo de produção. As outras fontes de energia tiveram um percentual bem menor do que a principal citada, são elas, Gás Natural (7,0%), Bagaço de Cana (5,3%), Óleo Diesel (3,5%), GLP (1,8%) e Lenha (1,8%).
Os investimentos em autogeração de energia podem assistir as empresas em momentos de aumentos de preços temporários da energia elétrica. Mas, conforme o levantamento, nos últimos doze meses, apenas 15,8% das pequenas industrias responderam que investiram na autogeração. Outros 61,4% responderam que não investiram. O restante não soube responder.
Quando separado por porte, energia elétrica também é a maior fonte de energia, com a pequena indústria representando 81,3%, a média 66,7% e as grandes indústrias com 70% das empresas utilizando esta fonte de energia.
Para 61,4% das indústrias Pernambucanas, o impacto do aumento do custo de energia, foi sentido no custo total das indústrias e para 43,9%, o aumento no custo de energia foi de até 10% no custo total da empresa. Para 12,3% das indústrias, o aumento do custo da energia variou entre 11% e 20%.
Para mais de 50% das indústrias o aumento dos custos teve algum impacto no seu custo total nos últimos 12 meses, sendo que para quase 30%, este aumento do custo de energia causou de médio a alto impacto no seu custo de produção.
A pesquisa também mostrou que entre as empresas entrevistadas, 26,3% utilizam outros insumos energéticos (além da energia elétrica) em seu processo de produção há mais de doze meses, enquanto 8,8% das empresas buscaram alternativas à energia elétrica nos últimos doze meses.
Observa-se que, quanto maior o porte das empresas, maior o percentual de empresas que utilizam outros insumos energéticos que não apenas a elétrica. Enquanto 25% das pequenas empresas utilizam insumos energéticos alternativos à energia elétrica, 38,1% das médias empresas e 40% das grandes empresas utilizam outros insumos, além da energia elétrica.
Indústria nacional
Nacionalmente a situação é parecida. A pesquisa revela que a maior parte das indústrias brasileiras ainda recorrem à energia elétrica como principal fonte de produção. Em números, apenas 25% das pequenas, 38,1% das médias, e 40% das grandes empresas utilizam fontes energéticas alternativas, como gás natural, bagaço de cana e óleo diesel.
Diante das altas no valor da energia elétrica, é preciso pensar em caminhos para diminuir os custos. A Camila Barreto, diretora Regional do SENAI-PE, ressalta que uma alternativa para quem deseja reduzir energia e entrar no programa Mais Energia, Menos Custos, capitaneado pelo SENAI-PE. Essa iniciativa oferece um pré-diagnóstico gratuito sobre o perfil energético das empresas, além de intervenções simples para reduzir o consumo.
Leia também:
Alagoas adota tecnologia inovadora para piscicultura familiar
Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,9% para 5,96%
Moraes liberta mais 130 pessoas presas por atos golpistas de janeiro
Potencial de H2V do NE, faz Reino Unido se aproximar dos portos de Pecém e Suape
Justiça suspende pagamento a 1,3 mil credores das Lojas Americanas
Construção, energia e comércio seguram o crescimento do PIB de Pernambuco em 2022
Moraes autoriza visita de deputados a presos em 8 de janeiro
Apenas 23% dos que trabalham em transporte por aplicativo pagam INSS