
Quatro capitais nordestinas apresentaram os menores custos da cesta básica entre as 17 analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de março. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (3), Aracaju (SE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Fortaleza (CE) foram as cidades com os menores valores médios.
O menor custo foi observado em Aracaju, com R$ 550,67, seguido por Recife (R$ 561,44), João Pessoa (R$ 567,72) e Fortaleza (R$ 568,46). As quatro capitais figuram abaixo da média nacional e representam o padrão de menor impacto no orçamento alimentar entre as regiões metropolitanas avaliadas.
Capitais do Sudeste concentram os maiores valores da cesta básica
Na outra ponta, as capitais com os custos mais elevados foram São Paulo (R$ 794,68), Florianópolis (R$ 785,65), Rio de Janeiro (R$ 771,52) e Porto Alegre (R$ 769,40). Em comparação a fevereiro, houve aumento no valor da cesta básica em 14 das 17 capitais pesquisadas.
O Dieese utiliza como base uma cesta composta por 13 produtos de alimentação básica, considerando os hábitos de consumo de uma família de quatro pessoas. A metodologia é referência para estudos de custo de vida e cálculo do salário mínimo necessário.
Análise de poder de compra e impacto regional
Com base na média nacional apurada em março, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal para cobrir despesas básicas deveria ser de R$ 6.912,79, valor 4,95 vezes superior ao piso vigente. O estudo considera gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
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