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Maceió quer repovoar Centro com conjunto habitacional popular

Projeto deve investir R$ 27 milhões na construção de moradias populares no Centro
Residencial Centro de Maceió
Projeto pretende construir 160 moradias no Centro de Maceió por meio do Minha Casa, Minha Vida. Foto: Governo de Alagoas

As regiões centrais de diversas capitais enfrentam problemas como esvaziamento populacional e fechamento de lojas, o que gera abandono e outros problemas sociais. A capital alagoana também convive com o mesmo problema, mas pretende repovoar a região na tentativa de movimentar o bairro e melhorar questões de mobilidade e economia.

O Governo de Alagoas anunciou em março que deu início às tratativas para construir um conjunto habitacional com 160 unidades no Centro de Maceió. De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura de Alagoas (Seinfra), o projeto foi aprovado pelo Ministério das Cidades ainda em 2023 e atualmente encontra-se em tratativas com a Caixa Econômica e o Governo Federal para prosseguimento das demais fases do projeto.

Os apartamentos serão destinados a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640,00 e estarão dispostos em blocos de apartamentos, com 32 unidades habitacionais cada um, sendo oito por pavimento.

Cada apartamento contará com dois quartos, varanda, sala, cozinha e banheiro. Além disso, o conjunto terá áreas verdes, salão de festas, churrasqueiras e ciclovias internas. O investimento é de R$ 27 milhões, gerando 150 empregos diretos e cerca de 700 pessoas beneficiadas.

O projeto do Governo do Estado é promover, numa primeira fase, cerca de três mil unidades habitacionais em Maceió, nos bairros do Centro, Bendito Bentes, Antares e Santa Lúcia, estes três localizados na parte alta da cidade.

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Na região do Benedito Bentes, o Governo também já realizou a chamada pública para a construção de 736 unidades habitacionais, na Avenida Cachoeira do Meirim. Serão investidos cerca de R$ 119 milhões, beneficiando 2.800 pessoas.

No Centro, o principal objetivo é contribuir com o resgate do bairro, livrando do abandono ocasionado pelo esvaziamento comercial e residencial dos últimos anos, além de favorecer a inclusão dos novos moradores em mais oportunidades de trabalho, ajudando inclusive o trânsito em Maceió.

Na Santa Lúcia, serão 288 unidades, com investimentos previstos de R$ 49 milhões. Serão 150 empregos diretos, beneficiando 1.150 pessoas. No Antares está prevista a construção de 168 unidades, com investimentos de R$ 28 milhões e 700 pessoas beneficiadas. Já em Marechal serão 310 unidades, com investimentos previstos de R$ 44 milhões, beneficiando 1.240 pessoas.

Bairros afetados pela Braskem aumentam busca por habitação

Com a desocupação de quase cinco bairros da cidade, afetando cerca de 60 mil pessoas, a busca por moradias disparou nos últimos anos em Maceió. Apesar do acordo firmado entre a Braskem e os moradores para viabilizar indenizações aos imóveis afetados pelas rachaduras e outras avarias, muitas pessoas não conseguiram comprar novos imóveis e recorreram à casa de familiares ou alugueis em outros bairros e cidades da Região Metropolitana.

A parte alta da cidade, na região dos bairros do Eustáquio Gomes e Village Campestre, tem sido uma das que expandiram as construções por moradias. Um dos grandes empreendimentos da região, construído pela Engenharq, já construiu mais de 10 mil moradias e há previsão de mais cinco condomínios fechados para serem construídos em breve.

A construtora também apostou na construção de um shopping no local, um supermercado e uma grande academia para beneficiar as centenas de moradores do entorno. O investimento, somente no shopping, é de R$ 80 milhões e a unidade deve ser inaugurada no final de 2025. As novas moradias também têm incentivado a Prefeitura de Maceió a investir em infraestrutura e mobilidade urbana para estas regiões da parte alta da cidade que passaram a receber milhares de famílias nos últimos anos.

Leia mais: Shopping novo em Maceió: Engenharq investe R$ 80 milhões

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