*Com IBGE e Governo de Pernambuco
Na indústria do Nordeste, quatro estados superaram o desempenho nacional na produção física mensal de fevereiro deste ano comparada a igual período de 2022. O Rio Grande do Norte (67,3%) liderou a expansão, com o maior salto em todo o país. Em seguida, no recorte regional, aparecem Ceará (14,3%), Bahia (6,1%) e Pernambuco (5,3%). Todas essas taxas ficaram acima da média do Brasil (5%) e da região (2,8%).
Entre as 15 áreas analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na Pesquisa Indústria Mensal (PIM), apenas uma unidade da federação registrou queda no Nordeste: o Maranhão (-0,5%).
No Rio Grande do Norte, o crescimento foi influenciado, principalmente, pelo comportamento positivo observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva), que dispararam 90%.
O setor de vestuário teve uma oscilação positiva modesta (0,4%, praticamente estabilidade). Já a indústria extrativa recuou 12,2%. A área de alimentos teve queda de 10,8%.
“A expansão da produção física é bastante expressiva no estado e pode ser explicada pela baixa base de comparação em 2023. Isso aliado ao setor de derivados, foi o que mais determinou a performance da indústria potiguar, principalmente com aumento nos segmentos de óleo diesel e gasolina automotiva”, explica o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida.
Calçados lideram crescimento do CE na indústria do Nordeste
No Ceará, o resultado reflete especialmente o comportamento positivo nos segmentos de produtos de couro e calçados (7,4%) e vestuário (4,9%). Outros setores importantes para a indústria estadual também registraram alta, a exemplo de bebidas (1,8%), refino e biocombustíveis (1,4%) e produtos de metal (1,3%).
Na indústria do Nordeste, BA tem 2º mês de recuperação
Depois de um ciclo de dificuldades, o setor fabril da Bahia mostra reação pelo segundo mês consecutivo (em janeiro, houve expansão de 8%).
Na comparação fevereiro 2024/fevereiro 2023, as maiores influências positivas vieram de refino e biocombustíveis (2,6%), indústrias extrativas (2,2%), alimentos (1,1%) e borracha e plástico (1%). Houve crescimento ou estabilidade em nove dos 11 segmentos analisados nessa edição da PIM no estado. Os recuos aconteceram em metalurgia (-2%) e minerais não-metálicos (-0,2).
No bimestre janeiro/fevereiro de 2024, as indústrias baianas têm um incremento na produção de 7,1%. Mas, no acumulado de 12 meses, o resultado ainda é modesto, com uma variação positiva de apenas 0,6%, que reflete o desempenho fraco do setor em 2023. Na passagem mês a mês, a área fabril do estado cresceu 1,8% entre janeiro para fevereiro e 1,9% entre janeiro e dezembro de 2023.
Indústria do Nordeste: setor automotivo lidera em PE
Em Pernambuco, o desempenho da área fábril na comparação fevereiro 2024/fevereiro 2023 foi positivo em 11 dos 12 segmentos avaliados pelo IBGE nessa edição da pesquisa.
A alta foi liderada por veículos automotores (1,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,8%) e outros transportes (0,6%). Os produtos de metal, por sua vez, representaram a única oscilação negativa (-0,6%).
“Estamos animados com os números da produção industrial de fevereiro, porém, mais do que nunca, comprometidos com as mudanças, transformações e os investimentos do governo do estado para melhorar o ambiente de negócios e a infraestrutura oferecidos em Pernambuco para que o setor fabril possa produzir cada vez mais no estado”, afirma o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti.
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