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Exportações pernambucana cresceram 49,85% em maio deste ano

Os veículos e automóveis foram responsáveis por 49% da pauta de exportações de Pernambuco em maio último.
Exportação de veículos Suape
Os veículos foram o segundo produto mais exportado por Pernambuco em maio deste ano. Foto: Rafael Medeiros/Complexo de Suape/Creative Commons

As exportações pernambucanas cresceram 49,85% em maio último, comparadas com o mesmo valor das vendas feitas ao exterior em maio de 2022, segundo o levantamento Análise Comex, publicado pelo Comitê Internacionalizado do Lide Pernambuco. Foi o segundo melhor resultado para maio desde o começo da série histórica iniciada em 1997.  

As exportações pernambucanas de maio último atingiram US$ 234,9 milhões, perdendo apenas para maio de 2021,quando alcançaram US$ 238 milhões. “É um acréscimo grande que ocorreu pontualmente. Atualmente, as exportações de Pernambuco estão concentradas em dois produtos, o que é preocupante”, comenta o autor do estudo, o consultor empresarial e presidente do Lide Internacional Pernambuco, Maurício Laranjeiras.

Em maio último, os dois produtos que responderam por 49% das exportações feitas em Pernambuco foram óleo combustível, que ocupou o primeiro lugar, e automóveis – com veículos que comportam menos de seis pessoas sentadas -, na segunda posição. Os outros 10 produtos mais exportados pelo Estado foram: geradores (3º), açúcares (com a 4ª e 6ª posições), uvas frescas (5º), resina PET (7º), automóveis de até seis pessoas sentadas (8º), mangas frescas (9º) e baterias. Uma curiosidade: os abacates frescos ou secos ocupam o 14º lugar nos produtos mais exportados por Pernambuco. 

Até a primeira década deste século, o açúcar era responsável por mais de 50% da pauta de exportação de Pernambuco. Atualmente, os dois itens mais exportados pelo Estado produzidas por duas empresas: uma refinaria de petróleo e uma fábrica de automóveis que entraram em operação, respectivamente, em 2014 e 2015. Entre outros fatores, a concentração é ruim, porque se esses dois setores entrarem em retração, as exportações vão cair drasticamente.  “É preciso diversificar a pauta de exportações de Pernambuco. Uma maneira de fazer isso seria as pequenas e médias empresas passarem a exportar mais”, comenta Maurício. 

Já com relação às importações, Pernambuco continua sendo um grande comprador de gasolina, óleo diesel e querosene de aviação que ocupam a posição dos três primeiros lugares entre os produtos mais importados de acordo com o valor comercializado. “Continuamos sendo um hub concentrador e distribuidor de combustíveis”, afirma Maurício. Os outros sete produtos mais importados, por ordem de valor, são: P-xileno (usado em várias indústrias, como a quimica e de plásticos), células fotovoltaicas – utilizadas na geração de energia – gases, como o propano e butano, caminhões, malte não torrado (que se transforma em cervejas) e peças para veículos. 

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Mauricio Laranjeira
O consultor Maurício Laranjeira afirma que é preciso diversificar a pauta de exportações de Pernambuco. Foto: Divulgação

Suape escoa 70% das exportações de Pernambuco

Pernambuco em maio último, 70% das exportações pernambucanas saíram pelo Porto de Suape e 10% pelo Porto do Recife. Em São Paulo, o Porto de Santos foi responsável pelo embarque de 6% de tudo que o Estado mandou para o exterior e 5% foi embarcado pelos portos do Ceará. “São vários fatores que contribuem para isso. No caso das frutas, faltam linhas marítimas para carga refrigerada. Também faltam linhas de longo curso (as que vão para portos de outros países) para deixar competitivo o frete saindo daqui”, comenta Maurício.

A expectativa do empresariado é que mais linhas de longo curso cheguem a Suape com o novo terminal de contêineres da APM Terminals, da Maersk, previsto para entrar em operação em 2026.

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