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Inflação e crise política são os temas que mais preocupam o empresário do NE

Esse é o resultado de levantamento da Deloitte, que também aponta para o avanço da inteligência artificial na região.
empresário
Empresário teme ainda que Selic fique acima dos 10% ao ano/Imagem: Gerd Altmann por Pixabay

Pesquisa realizada pela Deloitte traz as expectativas do empresariado do Nordeste com a economia nacional. O levantamento aponta os maiores temores de executivos ligados a 35 empresas da região, que juntas respondem por um faturamento de R$ 32 bilhões. Se por um lado inflação e crise política preocupam, por outro não inibem investimentos.

Os dados são um recorte de uma pesquisa mais ampla, a ‘Agenda’, levantamento realizado anualmente pela Deloitte, que ouviu 501 empresas no País, responsáveis por um faturamento de R$ 2,1 trilhões em 2022. Em volume, isso equivale a 21% do PIB nacional.

Analisando o ambiente de negócios, a pesquisa mostra que, para 84% dos empresários da região, a maior preocupação é que a inflação permaneça acima dos 5%. A crise política vem em segundo lugar, sendo fator de risco para 81% dos entrevistados. A Selic também preocupa muita gente. Para 78%, é um risco se a taxa básica da economia ficar acima dos 10% ao ano. O quarto tema que vem incomodando a 63% dos entrevistados da região é o aumento da dívida pública. A inflação global ficou em quinta posição, preocupando 63% dos empresários nordestinos.

sentimento do empresários
Fonte: Deloitte

Só neste último item, não há sintonia dos empresários nordestinos com seus colegas nacionais. No levantamento consolidado, a quinta maior preocupação do empresariado brasileiro é com o endividamento das famílias (60%).

Desafio do empresário

Diante deste cenário, a Deloitte quis saber qual o maior desafio para as empresas. O aumento da produtividade e eficiência ficou em primeiro lugar (84%), seguido do aumento das vendas (75%). Melhorar as margens e resultados (72%), obter mão de obra qualificada (62%) e manter boa imagem da marca (59%) também estão entre os principais desafios.

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O levantamento apontou que 21% devem reduzir o quadro de funcionários motivados por redução de custos (12%), queda nas operações (18%) ou para substituir por mais qualificado (5%). No entanto, 49% dizem que devem aumentar suas contratações e 15% devem manter o mesmo número de colaboradores.

Essas empresas estão em sintonia com o cenário nacional quando o assunto é investimento em frentes de fomento à inovação. Oitenta e um por cento delas vai treinar e formar funcionários, 67% vão lançar novos produtos ou serviços, 61% vão investir em pesquisa e desenvolvimento e 43% vão fazer parcerias com startups.

Quando o assunto é tecnologia, 33% afirmam que já migraram completamente seus dados para a nuvem, enquanto 40% o fizeram parcialmente, contra 9% que estão em estágio inicial. Outros 18% ainda não migraram. A inteligência artificial está no horizonte das corporações. Só 9% já utilizam, mas 33% estão em fase de teste, enquanto 21% dizem que pretendem adotar.

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