Confiança avança entre empresários do comércio de PE

O resultado de outubro é o maior patamar da série desde janeiro de 2013.

O índice de confiança do empresário do comércio (ICEC), calculado pela confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou pelo sexto mês consecutivo em Pernambuco, alcançando em outubro a marca de 133,1 pontos e registrando variação de 5,8% na comparação com setembro. Na comparação interanual, com outubro de 2021, o índice cresceu 15,8%.

O índice é um indicador antecedente, que capta a percepção dos tomadores de decisão nas empresas do varejo quanto ao ambiente de negócios, considerando sua perspectiva sobre a economia brasileira, o setor de comércio e a situação da sua empresa. O ICEC é composto por três sub-índices que avaliam, respectivamente, as condições atuais (ICAEC), as expectativas de curto prazo (IEEC) e as intenções de investimento (IIEC). Os índices variam de 0 a 200 pontos, indicando: insatisfação, ou pessimismo, quando abaixo de 100 pontos; satisfação, ou otimismo, a partir de 100 pontos.

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O resultado de outubro é o maior patamar da série desde janeiro de 2013, quando chegou a 135,3, e foi impulsionado especialmente pelo componente de avaliação da situação atual, que cresceu 8,2% frente a setembro e 21,1% frente a outubro do ano anterior, chegando a 116,8.

Pernambuco: Índice de Confiança do Empresário do Comércio, consolidado e componentes (valores em pontos) – outubro/2021 a outubro/2022

Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE.

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Para esse avanço, influenciou principalmente a opinião dos empresários do varejo sobre as condições da economia brasileira. Para 59,7% dos varejistas, a situação no semestre atual é melhor que a observada por eles no semestre anterior, proporção que era de 51,4% em setembro e de 43,6% em outubro de 2021.

Pernambuco: Empresários do comércio segundo a percepção quanto às condições atuais da economia, do setor e da própria empresa, em relação ao semestre anterior

PercepçãoOut/21Set/22Out/22
Condições Atuais da Economia Brasileira
Melhor43,651,459,7
Pior56,448,640,3
Condições Atuais do Setor (Comércio)
Melhor60,461,565,5
Pior39,638,534,5
Condições Atuais da Empresa
Melhor61,467,971,8
Pior38,632,128,2
Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE

.

Não obstante o desempenho do componente de situação atual, é o componente das expectativas sobre o próximo semestre que registra melhor avaliação sob o ponto de vista dos empresários. Em outubro, esse componente chegou a 165,3 pontos, com variação de 3,9% em relação a setembro e de 13,8% em relação a outubro de 2021.

Pernambuco: Empresários do comércio segundo as expectativas para a economia, para o setor e a para própria empresa, no próximo semestre

ExpectativasOut/21Set/22Out/22
Expectativa para a Economia Brasileira
Melhorar82,284,688,3
Piorar17,815,411,7
Expectativa para Setor (Comércio)
Melhorar87,988,991,8
Piorar12,111,18,2
Expectativa para Empresa
Melhorar89,493,395,7
Piorar10,66,74,3
Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE.

O índice que investiga as intenções de investimento no curto prazo, especificamente nos próximos três meses, cresceu 6,2% comparado a setembro e 13,6% em relação a outubro do ano anterior. As intenções são voltadas principalmente para a contração de funcionários, embora a intenção de investimento na infraestrutura também registre melhora em outubro.

Pernambuco: Empresários do comércio segundo as intenções para a contratação, investimento e estoque nos próximos três meses

ExpectativasOut/21Set/22Out/22
Contratação de Funcionários
Aumentar o quadro75,773,981,7
Reduzir o quadro24,326,118,3
Nível de Investimento
Aumentar51,360,265,1
Reduzir48,739,834,9
Situação Atual dos Estoques
Adequada ou acima do adequado88,487,886,1
Abaixo do adequado11,612,213,9
Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE.

Entre setembro e outubro, o percentual de empresários que apontam intenção de aumentar o quadro de funcionários passou de 73,9% para 81,7%, demanda que é puxada pela expectativa de movimentação no comércio em função das festividades no último trimestre.

Já a intenção de investir diretamente na infraestrutura dos estabelecimentos avançou de 60,2% em setembro para 65,1% em outubro, contra 51,3% no mesmo mês do ano anterior, a despeito da manutenção de uma taxa básica de juros projetada em 13,75% a.a. Nesse sentido, é importante ressaltar que essa intenção é possivelmente impulsionada pela expectativa de um ambiente de negócios melhor nos próximos meses por parte dos empresários. Entre os aspectos que podem explicar esse otimismo, aponta-se a perspectiva de que o próximo governo venha a manter o atual valor do Auxílio Brasil, uma vez que as medidas de suporte à renda têm impacto relevante na economia da região como um todo.

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