PIB do segundo trimestre do ano tem alta de 1,2%, revela IBGE

Esta foi a quarta alta do PIB desde o segundo trimestre de 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano em comparação com o primeiro trimestre. Este é o quarto resultado positivo consecutivo do PIB – após recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,404 trilhões em valores correntes.

PIB industrial cresceu 2,2% no segundo semestre deste ano – FOTO: CNI/Agência Brasil

Os números fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados nesta quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia, segundo o Instituto, também atingiu o segundo patamar mais alto da série, atrás somente do registrado no primeiro trimestre de 2014.

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Com o resultado do último trimestre, o PIB avançou 2,5% no primeiro semestre de 2022 e a atividade econômica do país ficou 3,0% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019.

O crescimento foi influenciado pela alta de 1,3% nos serviços. A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, informou que os serviços estão pesando 70% na economia, o que causa um impacto maior no resultado. Dentro dos Serviços, os subsetores outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram a alta.

Em ‘outras atividades de serviços’ estão os serviços presenciais como os prestados por restaurantes e hotéis, que estavam represados durante a pandemia. Com o resultado, este subsetor está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.

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Indústria tem desempenhos positivos em vários segmentos

O setor industrial também cresceu no segundo trimestre, registrando alta de 2,2% e seu segundo resultado positivo consecutivo, após a queda de 0,9% no quarto trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, é a taxa positiva mais alta para a indústria desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor começava a se recuperar dos efeitos da pandemia e a base de comparação era menor.

A elevação foi influenciada pelos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos; de 2,7% na construção; de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

“Houve crescimento em todos os subsetores da indústria. Um deles é a construção civil, que vem enfrentando problemas há anos e foi bastante afetada na pandemia, mas está se recuperando há alguns trimestres”, explicou Roberta Palis.

Para ela, o avanço da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos é explicado pelo desligamento das usinas térmicas, responsável pelo fim da bandeira tarifária de escassez hídrica. “No início do ano, houve esse desligamento e o aumento do uso das energias renováveis, que são mais baratas”, indicou.

PIB agropecuário sofre efeitos da sazonalidade

Já o setor Agropecuário variou 0,5% no segundo trimestre deste ano, após cair 0,9% no primeiro trimestre deste ano. Segundo a coordenadora, o setor é muito ligado à sazonalidade e, no semestre, vem caindo, puxada pela retração na produção da soja, que é a maior lavoura. “De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a previsão é de queda de 12% nessa produção. Isso impactou bastante o resultado da agropecuária no ano”, observou.

Consumo das famílias cresce em cima de demanda reprimida

O consumo das famílias avançou 2,6%, atingindo o maior percentual desde o quarto trimestre de 2020, quando registrou alta de 3,1%. Em movimento contrário, o consumo do governo caiu 0,9%, depois de apresentar estabilidade no trimestre anterior, com baixa de 0,1%.

“A alta está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que tiveram a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, salientou Rebeca.

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