Inflação do IPCA-15 recua, mas alimentos continuam em alta

A prévia da inflação de julho, o IPCA-15 ficou em 0,13%. Foi a menor taxa mensal desde junho de 2020.
alimentos em supermercado
Os alimentos continuam puxando a alta de preços na prévia da inflação de julho, o IPCA-15. Foto: Geraldo Bubniak/Agência Brasil.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,13% em julho. A taxa é menor que as de junho deste ano (0,69%) e de julho de 2021 (0,72%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (26), no Rio de Janeiro, que essa é a menor taxa mensal do IPCA-15 desde junho de 2020 (0,02%). O indicador acumula inflação de 5,79% no ano e de 11,39% em 12 meses. Alguns alimentos continuam sendo o vilão da inflação, como o leite longa vida.

O maior impacto da prévia da inflação em julho veio do grupo alimentação e bebidas, com alta de preços de 1,16% no período, acima do 0,25% da prévia de junho.

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Entre os alimentos que mais colaboraram com a alta de preços está o leite longa vida, que subiu 22,27% no período. Derivados do leite também tiveram inflação: requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%). Outros produtos com destaque foram as frutas (4,03%), feijão-carioca (4,25%) e pão francês (1,47%).

Deflação

Os transportes foram os gastos que mais contribuíram para conter a prévia da inflação em julho. Eles registraram deflação (queda de preços) de 1,08% no período. Na prévia de junho, o grupo havia registrado inflação de 0,84%.

O resultado em julho foi influenciado pelas quedas de preços dos combustíveis (-4,88%), em especial a gasolina (-5,01%) e o etanol (-8,16%). Ainda na prévia de julho, a gasolina acumula uma alta de 20% nos últimos 12 meses. O diesel subiu 7,32% no mesmo período. Há quase dois anos, os combustíveis vinham puxando a inflação para cima e a alta do preço deles tem impacto em toda a cadeia produtiva. Como o IPCA-15, só acompanha os preços até a metade do mês, provavelmente ainda não deu tempo de sentir o impacto da diminuição das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no preço dos combustíveis e a retirada da cobrança do PIS/Cofins sobre os combustíveis. O ICMS é cobrado pelos governos do Estado e o PIS/Cofins pela União.

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Ainda no mesmo levantamento, as passagens aéreas subiram 8,13%. Os demais grupos de despesas tiveram as seguintes variações de preços: vestuário (1,39%), despesas pessoais (0,79%), saúde e cuidados pessoais (0,71%), artigos de residência (0,39%), educação (0,07%), comunicação (-0,05%) e habitação (-0,78%).

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