Mais de um milhão de telhados já estão gerando energia solar fotovoltaica no Brasil

O Brasil atingiu a marca histórica de 1 milhão de sistemas de geração solar fotovoltaica instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Isso significa mais de 10,6 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Para o […]
O Brasil já tem 1 milhão de telhados, fachadas e pequenos terrenos produzindo energia solar fotovoltaica
O País passou a ter 1 milhão de pequenos sistemas de geração solar em maio deste ano. Foto: Pixabay

O Brasil atingiu a marca histórica de 1 milhão de sistemas de geração solar fotovoltaica instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Isso significa mais de 10,6 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Para o leitor ter ideia, todo o parque hidrelétrico da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) tem um pouco mais de 10 GW instalados. Numa estimativa da entidade, foram investidos R$ 57,4 bilhões na implantaçao destes sistemas.

Embora este tipo de geração venha crescendo, o potencial é muito maior. Basta dizer que dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, somente 1,3% faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.

- Publicidade -

A expectativa da Absolar é de que 2022 seja o melhor ano, desde 2012, para a implantação de sistemas de geração deste tipo com o maior crescimento do mercado e do setor na última década. Por dois motivos. Primeiro, o preço da conta de energia que só faz subir , desde 2021, e vai continuar com o preço ascendente por mais alguns anos. Geralmente, quem instala um sistema deste tipo tem uma redução do preço cobrado pela distribuidora. Há casos de consumidores que passam a pagar o mesmo valor que pagavam na tarifa de energia para financiar a implantação dos equipamentos.

A outra razão é simples: quem instalar um sistema deste tipo até janeiro de 2023, terá as mesmas regras que estão em vigor atualmente e vão até o ano de 2045. Atualmente, quem gera este tipo de energia, coloca um excedente na rede e recebe – da distribuidora de energia – um crédito que corresponde a mesma quantidade de energia injetada na rede.

A partir de fevereiro de 2023, os novos produtores deste tipo de energia terão que seguir o que está na lei federal nº 14.300/2022, que estabelece um período de transição para os donos desses sistemas começarem a pagar algumas taxas sobre a energia produzida. A grosso modo, isso significa que eles não receberão mais um crédito que corresponde a mesma quantidade de energia injetada na rede das distribuidoras de energia, que no caso de Pernambuco, é a Neoenergia Pernambuco.

- Publicidade -

A geração distribuída – formada por esses pequenos sistemas de geração solar fotovoltaica -traz inúmeras vantagens ao sistema elétrico e ao consumidor. A primeira é que uma geração realizada próxima ao consumo, não sendo necessárias grandes linhas de transmissão, que têm um custo bancado por todos os brasileiros. Segundo, contribui para evitar apagões gerados pela sobrecarga do sistema. E a terceira é uma energia limpa, não precisa de mega construções, como ocorrem, por exemplo, com as hidrelétricas. E ainda está fazendo muita gente economizar na conta de energia.

Presença dos pequenos sistemas solares

A tecnologia solar fotovoltaica já está presente em mais de 5.480 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. “A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia.

A fonte solar lidera com folga o segmento de geração distribuída, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,6% das conexões. Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,5%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (1,9%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 45,4% da potência instalada no País, seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (32,3%), consumidores rurais (13,7%), indústrias (7,4%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -