“Na retomada econômica, desafio é sintonizar PIB e geração de empregos”, diz economista

Por Juliana Albuquerque Na retomada da economia, o desafio de Pernambuco é sintonizar seu Produto Interno Bruto (PIB) com a taxa de emprego. Mesmo com taxa de crescimento do PIB estadual maior do que o nacional, o estado não consegue criar empregos na mesma proporção. De janeiro até agosto, o Pernambuco acumula a criação de […]

Por Juliana Albuquerque

Na retomada da economia, o desafio de Pernambuco é sintonizar seu Produto Interno Bruto (PIB) com a taxa de emprego. Mesmo com taxa de crescimento do PIB estadual maior do que o nacional, o estado não consegue criar empregos na mesma proporção. De janeiro até agosto, o Pernambuco acumula a criação de 45 mil empregos.

- Publicidade -
Jorge Jatobá/Foto: cortesia

“O Caged coloca Pernambuco como um dos estados que mais gerou empregos formais. O número, embora positivo, é muito distante do que poderíamos ter criado. Vale lembrar que grande parte desse emprego advém do período de safra da cana-de-açúcar, empregos criados agora, mas que em janeiro são desmobilizados. É preciso criar uma sintonia entre o número do PIB pernambucano e a taxa de emprego. E emprego se gera com crescimento econômico”, defendeu o economista Jorge Jatobá na segunda edição do evento Diálogo Econômicos, série de debates promovida pelo Movimento Pró-Pernambuco em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec), na última terça (26).

E uma das formas para alcançar essa sintonia, de acordo com o economista, passa pela questão do adensamento da cadeia produtiva. Ele defende investimentos na infraestrutura estadual, no fomento ao turismo de lazer e de negócios e ao bioma Caatinga. “A exemplo do que acontece no polo automotivo da Fiat, é preciso atrair investimentos privados para suprir a demanda das indústrias instaladas em nosso estado”, comentou o economista.

Outro ponto levantado por Jatobá diz respeito ao turismo local. Para ele, é preciso consolidar o turismo de lazer e de negócios em Pernambuco. dentro dessa linha, segundo o economista, projetos importantes de promoção do turismo no Litoral Norte e Sul de Pernambuco são fundamentais.

- Publicidade -

Outra frente de atuação do setor público e privado apontado por Jorge Jatobá passa pelo semiárido pernambucano, que tem um grande potencial ainda a ser explorado. “É essencial que haja um projeto público de recuperação das áreas degradas para que se possa identificar o potencial do bioma Caatinga, a exemplo do que acontece no Amazonas, onde se explora economicamente o potencial da região”, ressaltou.

Jatobá foi enfático ao afirmar que é preciso repensar a infraestrutura pernambucana. Como exemplo, ele citou a importância de dois projetos fundamentais para atrair a atenção de investidores para Pernambuco: o Arco Metropolitano e a conclusão do eixo Suape da Transnordestina. “É fato que o investimento público em infraestrutura mal dá para evitar os desgastes do que já se tem, ou seja, para manter as estradas que já se têm. Por isso, é fundamental eliminar esses gargalos que impedem o crescimento sustentável para vislumbrar estratégias que possam garantir a consolidação de um dos maiores polos logísticos, como o de Suape”, afirma o economista. “Precisamos de ramais ferroviários para transportar minérios, combustíveis e grãos. Se a Transnordestina demorar mais para sair do papel, podemos perder muitas oportunidades para consolidar o porto pernambucano, assim como a economia, de forma substancial”, argumentou Jatobá.

Potencial de atração

De acordo com Jorge Jatobá, a crise sanitária mostrou claramente que o mundo todo tem uma grande dependência de insumos farmacêuticos do exterior, sobretudo da China. “Se tiver uma estratégia para ter uma capacidade produtiva para insumos fundamentais para área fármaco, pode ser uma linha importante para captar investimentos nesse sentido para indústria pernambucana. É algo novo e vários países devem caminhar nessa direção e pela nossa localização geográfica e em conformidade com a política de atração de investimentos, pode essa área pode ser explorada para captar investimentos para o estado”, sinalizou o economista.

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -